🚨 O
Ibovespa (IBOV) encerrou esta sexta-feira (31) com mais um dia de alta, avançando 0,51%, aos 149.540,43 pontos, e marcou o
quinto recorde nominal consecutivo.
Essa também foi a oitava sessão seguida de valorização, consolidando o 19º recorde em 2025. Durante o pregão, o índice chegou a 149,6 mil pontos, renovando o recorde intradiário.
Com o desempenho da semana, o principal índice da bolsa brasileira acumulou alta de 2,31% e fechou outubro com valorização de 2,26%, mesmo em meio às incertezas fiscais no cenário doméstico.
Dólar à vista recua, mas avança no mês
O
dólar à vista terminou o dia com leve queda de 0,01%, cotado a R$ 5,38. Na semana, a moeda acumulou recuo de 0,23%, mas fechou outubro com alta de 1,08%, refletindo as movimentações externas e as expectativas sobre os juros nos Estados Unidos.
No ambiente local, o clima ainda é de cautela em relação ao cenário fiscal brasileiro, enquanto os investidores acompanharam os dados de emprego e o ritmo da atividade econômica.
Desemprego vem levemente acima do esperado
Entre os dados divulgados nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, levemente acima da mediana das projeções compiladas pela Reuters, que apontava 5,5%.
Ainda assim, o número representa um dos menores níveis dos últimos anos e sustentou o otimismo do mercado com a atividade.
Vale brilha com dividendos no radar
Entre os destaques do dia no Ibovespa, as ações da
Yduqs (YDUQ3) lideraram os ganhos. O movimento refletiu a queda nas taxas futuras de juros (DIs), após os dados de emprego indicarem leve arrefecimento do mercado de trabalho, reduzindo a pressão inflacionária.
O cenário favoreceu também outras ações cíclicas, que tendem a reagir positivamente em ambientes de juros mais baixos.
Entre os papéis de maior peso no índice, a
Vale (VALE3) subiu mais de 2%, após divulgar resultados trimestrais considerados sólidos pelos analistas. A companhia indicou ainda que, com a estabilidade no mercado e a boa performance operacional, há
potencial para o pagamento de dividendos extraordinários em breve, sinal que agradou investidores.
Já a
Petrobras (PETR4) fechou em queda, mesmo com a leve recuperação do preço do petróleo tipo Brent no mercado internacional.
Na ponta oposta,
Marcopolo (POMO4) teve o pior desempenho do dia, com queda superior a 10%, reagindo ao resultado do terceiro trimestre (3T25).
Apesar do lucro de R$ 329,6 milhões, o número ficou 1,8% abaixo do resultado do mesmo período do ano passado, frustrando parte das expectativas do mercado.
Segundo avaliação da XP, embora a margem Ebitda tenha subido para 19,3%, o resultado geral ficou abaixo do esperado, o que gerou forte pressão vendedora sobre as ações da fabricante de carrocerias.
Wall Street fecha outubro em alta e ajuda o Ibovespa
A divisão de computação em nuvem da empresa, a Amazon Web Services (AWS), apresentou um crescimento de 20% na receita, superando as estimativas de mercado.
O CEO Andy Jassy afirmou que a AWS “está crescendo em um ritmo que não víamos desde 2022” e destacou a demanda crescente por inteligência artificial e infraestrutura em nuvem.
O movimento de alta nas bolsas norte-americanas também refletiu a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa pausar os cortes de juros, diante dos dados recentes de inflação e atividade.
Em evento nesta sexta, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reforçou que “nenhuma reunião está descartada” e que a autoridade monetária seguirá guiada por dados.
📊 Veja o fechamento dos índices:
- Dow Jones: +0,09%, aos 47.562,87 pontos;
- S&P 500: +0,26%, aos 6.840,20 pontos;
- Nasdaq: +0,61%, aos 23.724,95 pontos.
Na semana, o S&P 500 acumulou alta de 0,7%, enquanto o Nasdaq subiu 2,2% e o Dow Jones, 0,8%. No mês de outubro, os ganhos foram ainda mais expressivos: o Nasdaq avançou 4,7%, o S&P 500, 2,3%, e o Dow, 2,5%, marcando seu sexto mês consecutivo de valorização, algo que não acontecia desde 2018.
Europa recua, Ásia sem direção clara
Na Europa, os mercados encerraram em queda, com o índice Stoxx 600 recuando 0,51%, aos 571,89 pontos. Apesar do resultado negativo do dia, o índice europeu registrou alta mensal, acumulando quatro meses seguidos de valorização, o melhor desempenho desde maio.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, ainda reagindo ao acordo comercial entre Donald Trump e Xi Jinping.
📈 O índice Nikkei (Japão) subiu 2,12%, atingindo novo recorde, aos 51.411,34 pontos. Já o Hang Seng (Hong Kong) caiu 1,43%, fechando em 25.906,65 pontos.