Oi (OIBR3) recebe empréstimo de R$ 758,5 milhões da V.Tal
O movimento ocorre após a assembleia de credores da Oi ter aprovado o plano de recuperação judicial da empresa.
🤑O mercado se empolgou mais do que deveria com as ações da Oi (OIBR3) nesta quinta-feira (15), conforme alerta de corretora. Enquanto a maioria dos investidores só olha para o lucro de R$ 15 bilhões reportado pela companhia no segundo trimestre do ano, os papéis chegaram a decolar mais de 30% e tocaram a máxima diária de R$ 5,45 ante o último valor de fechamento de R$ 4,30.
Entretanto, o preço justo a ser pago pelas ações da Oi só deveria ser R$ 4,00 nos cálculos da Genial Investimentos, que reitera recomendação de venda, com base nos indicadores fundamentalistas da empresa.
Afinal de contas, muitos só miram no primeiro resultado positivo da Oi em dois anos e se esquecem de que o progresso operacional da empresa não veio ainda.
De fato, a Oi reportou uma redução significativa da sua dívida líquida de R$ 25,4 bilhões para R$ 6,6 bilhões no segundo trimestre do ano, devido à recuperação judicial.
😥Até mesmo registrou um lucro líquido de R$ 15,1 bilhões, impulsionado por ajustes contábeis, mas tudo não passa de mais um desempenho fraco da companhia.
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"Na real, a Oi continua enfrentando uma queima de caixa significativa de R$ 174 milhões, apesar de ter contraído novas dívidas de R$ 632 milhões. Recentemente, foram emitidas novas dívidas, aproximadamente US$ 2 bilhões e R$ 902 milhões que impactarão os próximos trimestres. Então, a companhia não mostrou progresso operacional", comentam os analistas Antônio Cozman, Kaique Rocha e Iago Souza, em relatório.
O trio até reconhece que a possível venda da operação da ClientCo e da participação na V.tal pode ajudar na amortização das dívidas, dependendo dos valores de venda. Porém, dessa maneira, a Oi perderia seus negócios mais valiosos, agravando ainda mais as dificuldades operacionais atuais.
A Oi reportou uma receita de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre, queda de 12,6% na comparação com igual período de 2023. O resultado foi prejudicado pela contínua e rápida redução na demanda por serviços não essenciais, como os antigos serviços de cobre, atacado regulado, TV por satélite e subsidiárias.
O movimento ocorre após a assembleia de credores da Oi ter aprovado o plano de recuperação judicial da empresa.
A nova versão do plano de recuperação judicial aumentou para US$ 655 milhões.