Se tem um
fundo imobiliário atraindo uma legião de investidores (e até mesmo fãs apegados ao ativo) é o
Maxi Renda (MXRF11), que ostenta uma base de mais de 1,3 milhão de cotistas em 2025.
Só que o que pega contra o
FII MXRF11 é que quase sempre suas cotas negociam um pouco caras na bolsa de valores, algo que pode ser comprovado pelo seu atual
Preço Sobre Valor Patrimonial (P/VP) de
1,03, conforme dados do
Investidor10. Quando esse indicador fundamentalista está acima de 1, indica que o mercado está disposto a pagar mais pelo FII do que ele realmente vale.
Portanto, se há investidores que buscam alternativas mais eficientes de
FIIs de papel que paguem bons dividendos, mas que estejam mais descontados que o
FII MXRF11, os analistas do BTG Pactual dedicaram um relatório inteiro sobre o tema. São, pelo menos, quatro fundos imobiliários que merecem o estudo.
"Mantemos o
FII KNIP11 como um de nossos preferidos devido à sua grande representatividade no
segmento de recebíveis. Destaca-se também sua carteira diversificada de ativos high grade; capacidade de originação própria da gestora; estrutura sólida de garantias; devedores com bom risco de crédito; e excelente liquidez", afirmam os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, em relatório.
Kinea Securities
Agora sim uma opção destinada aos investidores em geral, o
Kinea Securities (KNSC11) também é um
FII de papel muito bem avaliado no mercado e que apresenta um
P/VP de
1, ou seja, está sendo negociado em seu valor justo, sem que os cotistas paguem nenhum tipo de sobrepreço.
Mesmo que também seja administrado pela Kinea, o
FII KNSC11 se diferencia por alocar em
CRIs sem, necessariamente, preferir um tipo de indexador de renda fixa. Logo, sua carteira é: 50% atrelada ao
CDI+ e 50% indexada ao
IPCA+.
Para a dupla de analistas, esse FII de papel se justifica devido à sua carteira de crédito mid grade e pela sua elevada liquidez no mercado secundário. O BTG Pactual valoriza o fato de que as operações do
FII KNSC11 são estruturadas pela gestora, o que possibilita a negociação de garantias e taxas.
RBR Rendimento High Grade
o
RBR Rendimento High Grade (RBRR11) também chama a atenção dos especialistas, já que suas cotas negociam com
P/VP den
0,94. Além disso, um de seus diferenciais é o investimento em operações exclusivas de originação própria, permitindo a customização de taxas, prazos e garantias.
Sua carteira é pulverizada em diferentes devedores, vencimentos e indexadores, já que conta com flexibilidade para investir em operações indexadas ao
CDI+ ou ao
IPCA+.
Por fim, seus títulos de dívida imobiliária possuem garantias reais, sendo a parte majoritária das garantias localizada em São Paulo.
RBR Crédito Imobiliário Estruturado
Com um perfil de risco que oscila entre middle grade e high grande, o
RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) também está no radar do BTG Pactual ao apresentar uma criteriosa seleção de ativos em garantias e devedores nas operações de crédito. Seu
P/VP é de
0,98.
"Mantemos o
FII RBRY11 como um de nossos favoritos pelo fato de o fundo imobiliário possuir garantias sólidas e localizadas majoritariamente em São Paulo; um perfil de risco arrojado, mas que segue entregando rendimentos consistentes; e grande capacidade de originação de novas operações, o que possibilita a negociação de garantias e taxas mais atrativas", comentam os analistas Marinelli e Oliveira.
Em termos de indexadores, o FII de papel possui uma estratégia de alocação flexível, podendo investir em
CRIs indexados ao
CDI+, ao
IPCA+ ou até com taxas prefixadas.