Moura Dubeux (MDNE3) dispara 16% e atinge maior preço desde o IPO; confira

Com o novo rali, os papéis acumulam ganhos de 22% no mês e uma valorização de quase 79% no ano.

Author
Publicado em 15/05/2025 às 17:42h - Atualizado Agora Publicado em 15/05/2025 às 17:42h Atualizado Agora por Matheus Silva
O desempenho estelar foi impulsionado pelo balanço do primeiro trimestre (Imagem: Shutterstock)

💲 As ações da Moura Dubeux (MDNE3) registraram um marco histórico nesta quinta-feira (15), fechando em alta de 16,76%, cotadas a R$ 19,51 o maior valor desde a estreia da companhia na B3 (B3SA3), em fevereiro de 2020.

Este também foi o melhor desempenho diário da empresa no mercado acionário.

Com o novo rali, os papéis acumulam ganhos de 22% no mês e uma impressionante valorização de quase 79% no ano, consolidando a Moura Dubeux como uma das protagonistas de 2025 entre as construtoras listadas.

O desempenho estelar foi impulsionado pelo balanço do primeiro trimestre, divulgado na véspera.

Segundo análise da XP Investimentos, a construtora apresentou resultados sólidos, alinhados às expectativas otimistas do mercado.

A receita líquida cresceu 42% na comparação anual, puxada pelo segmento de incorporação e receitas robustas de desenvolvimento de terrenos.

Já o lucro líquido saltou 67% frente ao 1T24, atingindo o maior valor histórico para um primeiro trimestre.

Além disso, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) alcançou 18,7%, um dos mais altos entre as companhias do setor de construção civil no Brasil.

➡️ Leia mais: Copel (CPLE6) pode pagar os maiores dividendos do setor elétrico; entenda

Fatores de destaque no balanço

De acordo com os analistas da XP, o resultado da Moura Dubeux foi beneficiado por três fatores principais:

  • Aumento expressivo de receita;
  • Melhora das margens operacionais;
  • Diluição consistente das despesas gerais e administrativas (SG&A).

A corretora reforçou a recomendação de compra para as ações da construtora, citando boas perspectivas para o segundo trimestre e crescimento contínuo via o braço Mood — focado no segmento de renda média, impulsionado pelo novo Grupo 4 do programa Minha Casa Minha Vida.

Banco Safra também vê potencial

O banco Safra também elevou o tom positivo em relação a MDNE3. Segundo seus analistas, o lucro líquido do 1T25 superou em 10% as projeções da casa, refletindo uma expansão de receita mais forte que o esperado, especialmente no segmento de condomínios.

Outro ponto de destaque foi a margem bruta ajustada, que se manteve saudável em 35,6%, com leve recuo de apenas 0,9 ponto percentual na comparação anual.

Além disso, a Moura Dubeux apresentou consumo de caixa contido em R$ 19 milhões e encerrou o trimestre com alavancagem de 7,8% na relação dívida líquida/patrimônio líquido — níveis considerados confortáveis para o setor.

➡️ Leia mais: B3 lança GOAT11: 1º ETF híbrido do Brasil com renda fixa e ações do S&P 500

Perspectivas positivas à frente

Mesmo diante de um cenário macroeconômico mais desafiador, o Safra segue confiante na capacidade da Moura Dubeux de sustentar seu crescimento. Entre os fatores destacados estão:

  • Baixo nível de estoque, equivalente a 10 meses de vendas;
  • Liderança consolidada no Nordeste;
  • Multiplicador preço/lucro atrativo, negociado a apenas 5,0 vezes o lucro estimado para 2025.

📈 Com isso, a recomendação para MDNE3 foi mantida em outperform (equivalente a compra), reforçando a visão de que a ação oferece uma relação risco-retorno bastante atrativa no atual patamar.