Motiva (MOTV3) vende 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões para empresa mexicana

Com isso, a antiga CCR, se desfaz totalmente de sua operação em aeroportos no Brasil e na América Latina.

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Publicado em 18/11/2025 às 21:20h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 18/11/2025 às 21:20h Atualizado 4 minutos atrás por Lucas Simões
Estratégia da MOTV3 é diminuir o seu nível de endividamento (Imagem: Divulgação)
Estratégia da MOTV3 é diminuir o seu nível de endividamento (Imagem: Divulgação)
A Motiva (MOTV3) optou por vender 100% de sua operação de aeroportos, que somam 20 unidades, sendo 17 aeroportos pelo Brasil e o restante na América Latina, pela cifra de R$ 11,5 bilhões, à empresa mexicana interessada, a Asur.
Conforme o fato relevante divulgado nesta terça-feira (18), a operação de aeroportos transacionada engloba a dívida líquida de R$ 6,5 bilhões, uma vez que o setor de infraestrutura é altamente demandante de capital.
O negócio ostenta precificação a múltiplo Valor de Firma Sobre Ebitda de 8,8 vezes, acima do múltiplo atual da Motiva. Por sua vez, a companhia espera que a transação tenha conclusão em 2026.
Afinal de contas, o sucesso da venda das duas dezenas de aeroportos da Motiva à empresa mexicana depende do cumprimento de condições suspensivas usuais para esse tipo de operação, incluindo aprovações de autoridades governamentais e regulatórias, caso da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de órgãos concorrenciais no exterior.
Já o plano da Motiva, antiga CCR, é usar esses bilhões de reais para reduzir o seu endividamento como uma das principais holdings de infraestrutura de mobilidade no Brasil.
Os indicadores fundamentalistas, compilados pelo Investidor10, revelam que a Dívida Líquida/Ebitda da MOTV3 está em 3,44x, bem acima da própria média da empresa que é de 3,05x, embora esteja melhor que em relação ao indicador de 3,88x visto em 2024.
"A presente transação está alinhada com o Plano Estratégico da Motiva, viabilizando o destravamento de valor e simplificação do seu portfólio, e conferindo maior flexibilidade estratégica para um crescimento rentável e seletivo nos segmentos de rodovias e trilhos no Brasil", destaca Waldo Perez, diretor de relações com investidores da Motiva, no fato relevante.