Tal melhora na lucratividade na concessionária de rodovias, aeroportos e linhas de metrôs pelo Brasil veio tanto de reajustes tarifários quanto de otimização do portfólio que resultaram em redução de custos.
Com
ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) anualizado de 18% no 3T25, bem acima dos 11,4% obtidos no mesmo período de 2024, a Motiva ainda reportou um Ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de R$ 2,54 bilhões, avanço de 16,3% no período.
Em termos de receita líquida ajustada, a companhia totalizou R$ 3,95 bilhões no 3T25, incremento de 4,6% ante igual período de 2024, principalmente devido aos reajustes nas tarifas das rodovias estaduais de SP e na Motiva Pantanal.
Olhando para os indicadores comparáveis de tráfego, os segmentos de aeroportos, rodovias e trilhos cresceram 5,8%, 1,1% e 2,3%, respectivamente. A melhora também foi impulsionada pelo crescimento das receitas complementares consolidadas em R$ 44 milhões.
A pimenta da MOTV3
Por outro lado, o endividamento da
MOTV3 apresentou aumento no 3T25, com a dívida líquida consolidada batendo em R$ 32,7 bilhões, bem acima do saldo devedor de R$ 25,7 bilhões ao final de setembro de 2024. O custo médio é de CDI+ 0,28% ao ano.
Vale destacar que 53% das amortizações terão vencimento a partir de 2032, superior em aproximadamente 4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Como reflexo do alongamento da dívida, o duration no 3T25 atingiu 5,7 anos.
A Motiva somou R$ 2,33 bilhões em investimentos realizados e manutenção durante o 3T25, expansão de 11% na comparação anual. No período, a companhia conseguiu estender por mais 20 anos a concessão da ViaQuatro no Metrô de São Paulo.
Segundo dados do
Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em
MOTV3 há 12 meses, hoje você teria
R$ 1.302,87, já considerando o reinvestimento dos
dividendos. A simulação também aponta que o
Ibovespa teria retornado
R$ 1.128,10 nas mesmas condições.