Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Marcelo Gasparino, representante dos acionistas privados no Conselho de Administração da Petrobras (PETR4), defende a união dos minoritários para conquistar uma 5ª cadeira inédita no colegiado da estatal. Atualmente, o Conselho tem 11 membros, sendo seis indicados pela União, quatro pelos acionistas minoritários e um pelos funcionários da companhia.
Gasparino afirmou que o objetivo seria uma “demonstração de coordenação e força do mercado”, em um momento em que a governança da empresa está sendo novamente testada.
🏢 “Na minha avaliação, dado que mais uma vez a estrutura de governança corporativa da companhia está sendo testada (pelas tentativas de interferência do governo), seria uma demonstração de coordenação e força do mercado", disse o representante ao "Estadão/Broadcast".
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A viabilidade de uma quinta cadeira para os acionistas minoritários no conselho da Petrobras gera ceticismo entre analistas e fontes próximas ao colegiado, segundo o Estadão/Broadcast.
Dúvidas pairam sobre a capacidade dos minoritários de superar as indicações da União, especialmente na próxima eleição, que se anuncia mais acirrada, com diversos candidatos disputando um número limitado de vagas.
Para ter sucesso, será necessária uma participação massiva dos acionistas privados, incluindo os estrangeiros, além de uma grande coordenação entre eles. Essa mobilização, considerada "arriscada" por alguns analistas, pode ser dificultada pela fragmentação do grupo de minoritários.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.