Os analistas do mercado financeiro elevaram as projeções para a Selic e o câmbio deste ano. Segundo o Boletim Focus, agora a expectativa é de que a taxa básica de juros termine o ano em 9,5% e o dólar em R$ 5.
💲 O ajuste ocorre na esteira da mudança das metas fiscais do governo brasileiro e no aumento das incertezas externas. A percepção do mercado é de que os juros nos Estados Unidos continuarão altos por algum tempo, diante de riscos como a tensão no Oriente Médio. E isso tem fortalecido o dólar, o que pode pressionar a inflação no Brasil.
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, admitiu na semana passada que as incertezas aumentaram e que isso pode alterar o plano de voo do Copom (Comitê de Política Monetária), reduzindo o ritmo de corte da taxa Selic.
📈 Diante desse cenário, o mercado elevou a projeção para a taxa Selic de 9,13% para 9,5% em 2024 e de 8,5% para 9% em 2025.
Foi a segunda semana consecutiva de alta da previsão para os juros básicos de 2024 e a primeira do ano na projeção para a Selic de 2025.
Antes disso, o mercado projetou uma Selic de 9% para 2024 por 15 semanas consecutivas. Já a projeção de 2025 estava em 8,5% há 19 semanas.
Para 2026 e 2027, a perspectiva continua sendo de uma Selic de 8,5%.
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O mercado também elevou a projeção para o câmbio, depois que o dólar atingiu os maiores níveis em mais de um ano na semana passada.
Segundo o Focus, a projeção para o câmbio deste ano passou de R$ 4,97 para R$ 5. Mas o mercado também elevou a expectativa para o câmbio dos próximos três anos. Veja:
O mercado ainda voltou a elevar a expectativa de inflação de 2024. A projeção havia caído de 3,76% para 3,71% na semana passada, mas subiu para 3,73% nesta semana.
A expectativa para a inflação de 2025 também subiu, de 3,56% para 3,60%. Contudo, foi mantida em 3,5% em 2026 e 2027.
O Boletim Focus ainda traz a 10ª alta consecutiva da projeção de crescimento da economia brasileira em 2024. A expectativa do mercado é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 2,02% neste ano. Há uma semana, a projeção era de 1,95%.
Já para os próximos três anos, a expectativa segue sendo de um crescimento de 2% do PIB do Brasil.
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