O Ministério do Planejamento e Orçamento atualizou nesta segunda-feira (22) as expectativas do governo federal para importantes indicadores econômicos do Brasil em 2025, entre os quais:
dividendos das estatais, déficit primário e
taxa Selic média.
Além das receitas com concessões e permissões, as quais devem arrecadar R$ 7,7 bilhões neste ano ao Poder Executivo, a pasta tocada pela ministra Simone Tebet (MDB) está mais otimista com o recebimento de proventos.
Isso porque a arrecadação esperada com
dividendos e participações do governo federal, por sua vez, subiu R$ 6,9 bilhões, alcançando R$ 48,8 bilhões em 2025, apontam dados presentes no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
Tirando fino do arcabouço fiscal
Apesar da melhora nesse lado arrecadatório, ainda teremos um
déficit primário pior que a encomenda em 2025, já que o próprio Ministério do Planejamento elevou a projeção do saldo negativo de R$ 26,3 bilhões para R$ 30,2 bilhões, o equivalente a 0,24% do
Produto Interno Bruto (PIB).
Incluindo o valor dos precatórios devidos pelo governo federal a pessoas e empresas, o déficit projetado variou de R$ 74,9 bilhões (menos −0,60% do PIB) para o déficit de R$ 73,5 bilhões (menos −0,58% do PIB). Pelo arcabouço fiscal em vigor, o saldo negativo do governo não pode superar R$ 74,3 bilhões em 2025.
Com maior pressão sobre o Tesouro Nacional, responsável pelo
Tesouro Direto, Previdência Social e Banco Central, não é de se admirar que a projeção da
taxa Selic média neste ano tenha subido de 14,25% para 14,30%.