Ibovespa dá show em 2025 e fecha último pregão do ano no azul; confira

O índice encerrou o pregão com alta de 0,40%, cravando os 161.125,37 ponto. Este é o melhor desempenho anual da bolsa desde 2016.

Author
Publicado em 30/12/2025 às 18:49h - Atualizado 5 minutos atrás Publicado em 30/12/2025 às 18:49h Atualizado 5 minutos atrás por Matheus Silva
O clima de otimismo foi alimentado por números robustos da economia real (Imagem: Shutterstock)
O clima de otimismo foi alimentado por números robustos da economia real (Imagem: Shutterstock)
📈 O investidor brasileiro tem motivos de sobra para comemorar neste encerramento de 2025. No último pregão do ano, realizado nesta terça-feira (30), o Ibovespa (IBOV) não apenas recuperou as perdas recentes, como consolidou uma valorização anual impressionante de 34%.
O principal índice da nossa bolsa encerrou as negociações com alta de 0,40%, cravando os 161.125,37 pontos. Este é o melhor desempenho anual da bolsa desde 2016.
O clima de otimismo foi alimentado por números robustos da economia real. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro. 
Este é o menor nível da série histórica iniciada em 2012, superando a expectativa dos analistas que previam 5,4%.
Além disso, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revelou a abertura de 85.864 vagas formais no último mês, também acima do esperado.

Dólar abaixo de R$ 5,50 e o alívio nos juros

Acompanhando a festa na renda variável, o dólar à vista encerrou o dia em forte queda de 1,47%, cotado a R$ 5,48. No acumulado de 2025, a divisa norte-americana amargou um recuo de 11,18% frente ao real. 
Esse fortalecimento da nossa moeda, somado aos dados positivos de emprego, trouxe um alívio imediato para a curva de juros futuros, beneficiando diretamente as ações de empresas cíclicas, como varejo e construção.
Neste cenário, a C&A (CEAB3) e a Cyrela (CYRE3) figuraram entre as maiores altas do dia. Já os "pesos-pesados" do índice, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), mostraram resiliência e fecharam em tom positivo, ignorando a fraqueza das commodities no mercado internacional.
Os bancos também subiram em bloco, mesmo com os investidores monitorando os desdobramentos das investigações envolvendo o Banco Master e o BRB.

Vencedores e vencidos de 2025

Ao olharmos para o retrovisor de 2025, os contrastes são nítidos. A grande estrela do ano foi a Cogna (COGN3), que acumulou uma valorização de quase 240% na carteira do Ibovespa.
No extremo oposto, a Raízen (RAIZ4) amargou o título de pior desempenho anual, com uma queda de 62%, refletindo os desafios operacionais e a alta alavancagem vivenciados ao longo do ano.
Na ponta negativa deste último pregão, a Localiza (RENT3) liderou as quedas, devolvendo ganhos recentes após a aprovação de um aumento de capital de R$ 2 bilhões e uma bonificação aos acionistas.

Cautela em Wall Street e recorde na Europa

Enquanto o Brasil celebrava, Wall Street fechou o ano em tom de cautela. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registraram a terceira queda consecutiva após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed). 
O documento revelou que a última decisão de corte de juros foi "delicada" e que alguns membros do comitê poderiam ter apoiado a manutenção das taxas.
📊 Em contrapartida, a Europa encerrou o ano com o índice Stoxx 600 atingindo um recorde nominal histórico, impulsionado pela valorização de metais preciosos e pelo setor de mineração.