Operadora das franquias KFC e Pizza Hut, a IMC (MEAL3), aprova aumento de capital
Por conta do procedimento, os acionistas da companhia terão diluição do seu patrimônio em 0,43%
A KFC Chile assumiu a operação da rede de fast food no Brasil, informou a International Meal Company (MEAL3) nesta quarta-feira (26). A divisão latina entra com um aporte de US$ 35 milhões para construir uma joint venture que deve acelerar a expansão da marca no país.
🐔 A transação avaliou o KFC Brasil em US$ 60 milhões, valor que será pago no fechamento do contrato e em até dois anos. As empresas avaliam que a operação deve ser concluída no terceiro trimestre deste ano.
“Com esse recurso, reduzimos a dívida e melhoramos a estrutura de capital”, disse Alexandre Santoro, presidente-executivo da IMC, em entrevista a Reuters. “Hoje, uma parte relevante do nosso capex é investimento no KFC”.
O KFC desembarcou no Brasil em 2006 e hoje já tem 230 lojas em várias cidades e estados. A divisão chilena tem um portfólio ainda maior, de 550 lojas próprias, que serão somadas no controle.
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A nova joint venture, no entanto, terá atuação exclusiva para o Brasil, assumindo um contrato que vai até 2032. A empresa diz estar confiante em chegar ao mercado brasileiro, que é o maior país da América Latina em território e também em população.
“Nós realmente empoderamos esse negócio…. e vamos conseguir acelerar muito o crescimento e melhorar as margens do negócio”, finalizou Santoro.
📈 O valor recebido pelo KFC Brasil nesta operação ficou acima do valor de mercado da empresa que atualmente opera as lojas no Brasil. A IMC é responsável por marcas como Pizza Hut e Frango Assado no país, o que alavanca ainda mais o número de lojas ao redor do país.
As primeiras conversas sobre uma eventual venda foram divulgadas no ano passado, quando a empresa mostrou um interesse de se desfazer de até R$ 255 milhões.
Nesta quinta, depois de divulgada notícia do acordo, as ações da companhia dispararam na bolsa de valores. Por volta das 15h, os papeis eram negociados por R$ 1,36, com alta de 18% na B3.
Nos últimos 12 meses, a companhia chegou a vender suas ações por R$ 0,91, um valor mínimo histórico. Desde a pandemia, a empresa não conseguiu recuperar a faixa de negociação que era acima de R$ 8.
Por conta do procedimento, os acionistas da companhia terão diluição do seu patrimônio em 0,43%
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