Grupo Casas Bahia (BHIA3) conclui emissão de FIDC, a renda fixa do parcelado

Investimento de renda fixa permite que interessados apliquem em direitos creditórios, ou seja, dinheiro que a varejista tem a receber no futuro.

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Publicado em 22/09/2025 às 21:04h - Atualizado 6 horas atrás Publicado em 22/09/2025 às 21:04h Atualizado 6 horas atrás por Lucas Simões
Casas Bahia quer otimizar sua operação de risco sacado (Imagem: Shutterstock)
Casas Bahia quer otimizar sua operação de risco sacado (Imagem: Shutterstock)
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) concluiu nesta segunda-feira (22) a oferta pública de cotas da sua primeira emissão de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC), um tipo de investimento em renda fixa estruturado para otimizar a operação de risco sacado da varejista.
Antes, vale explicar que um FDIC se trata de um fundo de investimento que permite a interessados aplicar recursos em direitos creditórios, ou seja, créditos que pessoas ou empresas têm a receber no futuro.
No caso, esses créditos almejados pelos investidores que buscam ganhar bem acima do Tesouro Direto são originados de diversas maneiras, como aluguéis, boletos bancários, crédito consignado, duplicatas, contratos de prestação de serviço ou parcelamentos no varejo, este último, o tal risco sacado mencionado pelo Grupo Casas Bahia. 
O FIDC emitido pela varejista, cuja estruturação foi feita pela Buk Partenrs, teve sua primeira oferta de cotas encerrada em 19 de setembro de 2025, no montante total de R$ 555 milhões, dividido em:
  • R$ 328 milhões em cotas sêniores, as quais têm prioridade no recebimento dos rendimentos e, por isso, são consideradas de menor risco;
  • R$ 113,5 milhões em cotas subordinadas mezanino, tipo em que o investidor de FDIC assume risco intermediário, já que tais cotas absorvem partes das perdas antes que as cotas seniores sejam afetadas em caso de inadimplência; e
  • R$ 113,5 milhões em cotas subordinadas juniores, no caso, o último tipo de cota a receber os direitos creditórios, ou seja, nessa modalidade ela absorve perdas iniciais. Em compensação, são as cotas que oferecem o maior potencial de retorno em FDICs.

Plano da BHIA3 com FDICs

As cotas sêniores e subordinadas mezanino emitidas no FIDC do Grupo Casas Bahia foram integralmente distribuídas a investidores de mercado, sendo a totalidade das cotas subordinadas júnior integralizadas pela varejista.
Por sua vez, a gestão do FDIC é realizada pela Riza Gestora de Recursos, ao passo que a administração, custódia e distribuição desse tipo de renda fixa é feita pela Oliveira Trust DTVM.
Nas palavras de Elcio Mitsuhiro Ito, diretor de relação com investidores do Grupo Casas Bahia, a iniciativa do FDIC é uma alavanca fundamental do Plano de Transformação da Estrutura de Capital da BHIA3.
"A implementação dos FDICs é um passo importante na ampliação das fontes de crédito, assim como na redução do custo de financiamento do Grupo Casas Bahia", afirma o executivo, em comunicado ao mercado.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em BHIA3 há 12 meses, hoje você teria R$ 859,52, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.112,92 nas mesmas condições.