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A Braskem (BRKM5) pode ser vendida para a petroleira de Abu Dhabi Adnoc e o governo federal considera tomar atitudes para facilitar essa operação, devido ao problema nas minas da companhia em Maceió. A alternativa estudada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aumentar a participação da Petrobras (PETR4) na Braskem, se necessário.
💰 A Braskem é controlada pela Novonor e pela Petrobras. Antiga Odebrecht, a Novonor detém 38,5% da totalidade do capital social e 50,1% do capital votante da mineradora, mas recebeu uma oferta da Adnoc para vender o controle da Braskem. A oferta, no valor de R$ 10,5 bilhões, foi anunciada em 9 de novembro. Isto é, antes do agravamento da situação das minas da Braskem em Maceió.
🚨 A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência em 30 de novembro diante do risco iminente de colapso de uma das minas de sal-gema da Braskem, a mina 18. Em 11 de dezembro, a mina apresentou um rompimento parcial.
O incidente não deixou feridos, pois ocorreu em um lago em uma área desocupada. Contudo, ampliou as cobranças de reparação e os processos judiciais contra a Braskem. A mineradora também foi excluída do índice de sustentabilidade da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) e teve a nota de crédito rebaixada por agências de classificação de risco como a Fitch.
Diante desse cenário, o governo federal avalia que pode ser necessário colaborar com o processo de venda da Braskem, para evitar o fatiamento da mineradora. O assunto teria sido discutido pelo presidente Lula com lideranças políticas de Alagoas, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), segundo a agência Reuters.
🗨️ Na ocasião, Lula teria dito que o governo federal não vai liberar recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social) para empresas brasileiras interessadas na Braskem. Ele entende que o BNDES deve investir em projetos que propiciam a geração de empregos, o que não seria o caso.
Lula considera, por outro lado, ampliar a participação da Petrobras na Braskem para facilitar a venda da mineradora a investidores estrangeiros, de acordo com a Reuters.
A Petrobras detém hoje 36,1% da totalidade do capital social e 47% do capital votante da Braskem. O possível aumento dessa participação, contudo, só deve ser definido com o andamento das negociações entre Braskem e Adnoc, o que deve ocorrer em janeiro de 2024.
🔎 Segundo a Agência Estado, representantes da Adnoc vêm ao Brasil em janeiro para seguir com as diligências e visitas técnicas relacionadas à negociação.
Braskem e Petrobras ainda não se manifestaram sobre o assunto. O governo federal também não comentou publicamente a possibilidade de venda da mineradora.
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