A Gol (GOLL4) segue acumulando resultados negativos em sua trajetória de recuperação judicial. Nos últimos dados divulgados, a companhia aérea reportou um prejuízo líquido de R$ 371 milhões em maio. O valor representa um aumento em relação aos meses anteriores: em fevereiro, o prejuízo foi de R$ 160 milhões, e em abril, de R$ 395 milhões.
✈️ Somando ao resultado negativo, a empresa aérea apresentou uma queda na receita líquida, que somou R$ 1,27 bilhão no mês passado, contra R$ 1,34 bilhão em abril. O montante ainda não é suficiente para cobrir as despesas e a dívida líquida da Gol, que já alcança R$ 24,4 bilhões.
Além disso, a companhia aérea reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 137 milhões no mês passado, alcançando uma margem Ebitda de 11%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) no relatório operacional mensal enviado ao tribunal de falências dos Estados Unidos, como parte do processo de recuperação judicial da Gol.
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💸 O resultado chega um mês após a empresa anunciar que o seu controlador estava explorando "oportunidades" com a Azul (AZULL4). As empresas aéreas oficializaram um acordo de codeshare, permitindo que os passageiros comprem voos em ambas as malhas aéreas com um único bilhete. Mas, segundo o jornal "Valor Econômico", as ambições podem ir além já que uma fusão das companhias também está em estudo.
Em resposta à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a possível fusão, a Gol afirmou que o Grupo Abra, principal credor da empresa e detentor de mais de 52% do capital social, "iniciou conversas com a Azul para explorar oportunidades".
💲A Azul confirmou que está em "conversas independentes com a Abra para explorar eventuais oportunidades". No entanto, a empresa frisa que, até o momento, não há nenhum acordo formalizado, seja vinculante ou não, sobre qualquer tipo de parceria ou fusão com a Gol ou seus acionistas controladores, além do acordo de codeshare já anunciado.
Do outro lado, a Gol reforça que "um eventual acordo pelo Grupo Abra com a Azul não seria vinculante para a Companhia". Apesar disso, a empresa reitera seu interesse em buscar novas formas de financiamento no mercado.
Em março, a Gol pediu intimação da Latam à corte norte-americana após a tentativa de apropriação de aeronaves.
A medida terá duração de 30 dias e visa permitir que a empresa conduza uma investigação completa do ocorrido.
