Gasolina: Preço médio atinge R$ 6,35, maior valor neste governo Lula

O preço médio da gasolina atingiu R$ 6,35 o litro na semana passada, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). É o maior valor já registrado neste governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

⛽ A última vez que o litro da gasolina havia sido vendido acima dos R$ 6,30 havia sido em julho de 2022, quando o preço médio bateu R$ 6,49.

Quando Lula assumiu a presidência, em janeiro de 2023; o litro da gasolina custava em média R$ 5,12. Esse valor, no entanto, oscilou bastante nos meses seguintes e voltou a ficar acima dos R$ 6 em julho de 2024.

Na semana passada, o litro da gasolina teve um saldo de R$ 0,15. O aumento foi registrado na esteira do reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

📈 O imposto, arrecadado pelos estados, teve um incremento de R$ 0,10 por litro de gasolina e etanol no dia 1º de fevereiro. No caso do diesel e do biodiesel, o aumento do ICMS foi de R$ 0,06 por litro.

Esses combustíveis, portanto, também ficaram mais caros na última semana. O maior aumento foi do diesel: R$ 0,28 por litro. Afinal, o combustível ainda foi afetado pelo reajuste dos preços de venda da Petrobras (PETR4).

A estatal elevou o preço cobrado às distribuidoras em R$ 0,22, para R$ 3,72 por litro de diesel. Contudo, não alterou os preços dos outros combustíveis.

Veja o preço médio de cada combustível:

Os dados são da ANP e correspondem à semana de 2 a 8 de fevereiro.

• Gasolina comum: R$ 6,35 o litro;
• Gasolina aditivada: R$ 6,55 o litro;
• Óleo diesel: R$ 6,38 o litro;
• Óleo diesel S10: R$ 6,44 o litro;
• Etanol hidratado: R$ 4,37 o litro;
• GNV (Gás Natural Veicular): R$ 4,65 o m³;
• GLP (gás de cozinha): R$ 107,38 o botijão de 13 kg.

Impacto na inflação

💲 O reajuste do ICMS dos combustíveis deve pressionar a inflação de fevereiro, mês que também costuma ser marcado pelos reajustes escolares.

A inflação brasileira também já vem sendo afetada pelos preços dos alimentos. Por isso, a expectativa do governo é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) permaneça acima da meta de inflação até junho.

A meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. Contudo, a inflação subiu 4,83% em 2024 e o mercado aposta em uma alta de 5,51% do IPCA em 2025, segundo o último Boletim Focus.

Por isso, a expectativa é de que os juros continuem em alta no Brasil. O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic para 13,25% no fim de janeiro e já vê a taxa chegando a 14,25% em março.

Segundo o Copom, o rumo da Selic dependerá do comportamento da inflação depois disso. O mercado, contudo, vê os juros em 15% ao final do ano.