Azul (AZUL4) avança em reestruturação e anuncia resultado da operação para troca de papéis
Outro destaque foi o alto índice de aprovação das mudanças propostas, com consentimento da maioria dos detentores elegíveis.
A Azul e a Abra (controladora da Gol) podem assinar, nas próximas semanas, um memorando de entendimento nas próximas semanas que pode culminar na fusão com a companhia aérea rival. Segundo apuração do Valor, o documento tem vários termos que falam sobre o negócio que pode criar a maior companhia aérea do país.
📄 A assinatura do memorando teria sido adiada em razão das negociações da reestruturação da Gol no âmbito do Chapter 11 nos Estados Unidos. A previsão inicial era que um acordo entre as duas companhias acontecesse em novembro do ano passado, mas deve acontecer de fato até o fim deste mês.
Ainda de acordo com a reportagem, o memorando que está sendo costurado prevê a criação de uma companhia sem controlador definido. Neste caso, as marcas da Gol e Azul continuariam sendo utilizadas normalmente.
Há, ainda, a possibilidade da criação de uma joint venture, o que poderia ampliar a relação de codeshare que as empresas já mantêm atualmente.
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O documento também deve criar algum tipo de governança padrão que seja capaz de estruturar as duas empresas que têm dívidas gigantes.
A Azul e a Gol são duas das três maiores companhias aéreas do país, responsável por movimentar milhões de passageiros todos os anos. O ano passado, porém, não trouxe bons resultados no preço das ações de nenhuma das duas companhias.
A discussão sobre a fusão entre as duas concorrentes começou em 2024, pouco tempo depois da Gol entrar em Recuperação Judicial. Depois que a Azul apresentou problemas para honrar suas dívidas, tudo indica que o negócio deixou de ser debatido, voltando a tona no fim do ano passado.
💱 O ano de 2024, porém, já tem sido bastante positivo para as companhias que conseguiram uma redução de R$ 5,8 bilhões nas dívidas com a União. Em comunicado divulgado na quarta (9) pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional também foi informado que as companhias poderão pagar suas dívidas em 120 parcelas.
A Gol conseguiu obter mais de 83% de desconto, passando de R$ 5 bilhões para R$ 880 milhões em pendências. Já a Azul registrou um deságio de 60%, caindo de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,1 bilhão, ainda de acordo com o documento.
A expectativa é que as companhias comecem a pagar os valores em até 30 dias. Os descontos foram concedidos com base na carteira de crédito e as garantias de pagamento apresentados pelas beneficiárias.
Outro destaque foi o alto índice de aprovação das mudanças propostas, com consentimento da maioria dos detentores elegíveis.
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