Fundo imobiliário com agências dos Correios vem aí? Saiba de quem é a ideia

Correios enfrentam crise e o próprio governo Lula planeja empréstimo de R$ 20 bilhões.

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Publicado em 23/10/2025 às 16:35h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 23/10/2025 às 16:35h Atualizado 10 horas atrás por Lucas Simões
Caixa Econômica Federal vê FII como solução para os Correios (Imagem: Shutterstock)
Caixa Econômica Federal vê FII como solução para os Correios (Imagem: Shutterstock)
Já imaginou se as agências dos Correios espalhadas por todo o território brasileiro virassem um fundo imobiliário (FII) e ajudassem a reequilibrar as finanças da estatal? Pois é justamente essa a proposta do presidente da Caixa Econômica Federal para ajudar a estatal em apuros.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o executivo Carlos Vieira comentou que está na mesa a possibilidade de criação de um FII composto pelos imóveis dos Correios com o intuito de gerar renda à estatal, cujo o próprio governo Lula tenta socorrer com empréstimo de R$ 20 bilhões em bancos públicos, como a própria Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BBAS3).
“Você pega o bem físico e coloca no fundo, o investidor vai lá e eu alugo aquele bem. Os Correios têm condição de fazer isso, uma série de imóveis são operacionais. Então, eu capitalizo os Correios também com essa medida, e esses imóveis passariam a um fundo”, comentou o CEO da Caixa Econômica Federal em entrevista.
Na visão do executivo, os Correios são a marca mais valiosa do Brasil, inclusive superando a Caixa Econômica Federal, que tem parte do seu capital na bolsa de valores através da Caixa Seguridade (CXSE3), cujo valor de mercado atual é de R$ 43,98 bilhões.
Segundo apuração do Investidor10, existem mais de 6,3 mil agências dos Correios no Brasil, que oferecem diversos serviços aos cidadãos, sempre o principal deles o envio e recebimento de itens.
No último dia 15 de outubro, os Correios voltaram ao centro das atenções do mercado financeiro por conta da notícia de que a empresa estaria negociando com bancos para uma tomada de empréstimo de R$ 20 bilhões para equilibrar as contas, o que afetou com mais força as ações do Banco do Brasil.
Ainda na época do governo Bolsonaro, os Correios já estiveram mais próximos de uma venda para empresas privadas interessadas nos ativos logísticos da estatal. Naquele distante setembro de 2020, varejistas como Magazine Luiza (MGLU3) e Amazon (AMZN), além de empresas de entregas como DHL e FedEx (FDX) disputavam nos bastidores as negociações.