Funcionários da Eletrobras (ELET3) rejeitam proposta e anunciam greve por tempo indeterminado

De acordo com a Eletrobras, as unidades que concordarem com o acordo receberão abonos salariais na próxima sexta-feira (7).

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Publicado em 05/06/2024 às 12:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 05/06/2024 às 12:57h Atualizado 3 meses atrás por Elanny Vlaxio
A empresa optou por manter o corte para os que recebem acima de R$ 16 mil (Shutterstock)

Em assembleias realizadas em todas as bases da empresa nos últimos dois dias, os trabalhadores da Eletrobras (ELET3), privatizada há dois anos, decidiram recusar o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2024/26 e iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (10), segundo informações do CNE ( Coletivo Nacional dos Eletricitários).

📋 Os trabalhadores da Eletrobras também optaram por solicitar a mediação pré-processual no TST (Tribunal Superior do Trabalho). "Existem ainda assembleias em unidades menores hoje, mas mais de 90% já deliberaram", declarou o CNE. De acordo com a Eletrobras, as unidades que concordarem com o acordo receberão abonos salariais na próxima sexta-feira (7).

Vale lembrar que a empresa apresentou uma proposta de acordo coletivo que previa a redução salarial de 12,5% para os que recebiam menos de R$ 16 mil, porém esse corte foi reduzido para 10% e posteriormente retirado da mesa de negociações.

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Na proposta final, apresentada durante a última reunião entre as partes em 23 de maio, a empresa optou por manter o corte para os que recebem acima de R$ 16 mil, porém através de negociações individuais. A vigência do ACT atual termina em 7 de junho.

📃 Conforme a proposta, os salários atuais para aqueles que ganham mais de R$ 6 mil permaneceriam sem reajuste por dois anos, enquanto os que recebem abaixo desse valor teriam um aumento equivalente a 100% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O CNE alega que a empresa está pressionando os empregados para a aprovação do acordo, oferecendo o pagamento de um abono de R$ 9 mil até sexta-feira, embora as perdas com o ACT ao longo de dois anos cheguem a uma média de R$ 51 mil para cada trabalhador.