FIIs ressuscitam ganhos, enquanto Bitcoin (BTC) é abatido em fevereiro; veja ranking
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores
O mercado de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) pode estar prestes a ganhar mais um gigante.
É que a gestora RBR Asset propôs a fusão de dois de seus FIIs e essa operação pode criar o terceiro maior hedge fund do mercado. Ou seja, o terceiro maior FII com uma estratégia diversificada de investimento, capaz de acessar diversos ativos imobiliários.
🏙️ A ideia é que o RBRX11 (RBR Plus Multiestratégia) incorpore o RBRF11 (RBR Alpha Multiestratégia) para unir "o melhor de cada um".
"De um lado, mais liquidez, de outro, mais flexibilidade de mandato, tudo isso consolidado num fundo maior e com melhor capacidade de alocação", afirmou a gestora, em informe aos cotistas.
Sócio e gestor de multiestratégia da RBR Asset, Bruno Nardo explicou que o RBRF11 tem um mandato de investimentos mais restrito do que o RBRX11. Logo, a união dos dois fundos permitiria a criação de um fundo maior e com mais opções de investimento.
Criado em 2017, o RBRF11 pode investir em FIIs e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Já o RBRX11 foi lançado em 2022 e também pode acessar ações de empresas imobiliárias listadas na bolsa, ativos de tijolo e operações de desenvolvimento, o que elevaria o potencial de retorno total da carteira.
Ainda assim, o RBRF11 tem um patrimônio líquido de R$ 1,18 bilhão e aproximadamente 120 mil cotistas, enquanto o RBRX11 tem um patrimônio de R$ 300 milhões e 12 mil cotistas.
A união dos dois FIIs criaria um fundo com um patrimônio líquido de R$ 1,47 bilhão e mais de 130 mil cotistas. Isso também implicaria, contudo, na saída do RBRF11 da bolsa brasileira, já que o FII seria incorporado pelo RBRX11.
Segundo a RBR Asset, os investidores do RBRF11 receberão cotas do RBRX11 caso a proposta avance. Já os investidores do RBRX11 continuarão com suas cotas, mas passarão a ser cotistas de um fundo maior.
A proposta, contudo, precisa ser aprovada pelos cotistas dos dois fundos para poder sair do papel. Por isso, a RBR Asset convocou uma assembleia sobre o assunto. O prazo de votação começou na quinta-feira (24) e segue até 20 de agosto.
Veja aqui os maiores FIIs da B3, em valor patrimonial
Na convocação, a gestora diz que o novo fundo maior flexibilidade para otimização de portfólio, mais liquidez e também uma maior potencial de geração de retorno.
💰 Em termos de dividendos, a expectativa é de um rendimento recorrente imediato entre R$ 0,07 e R$ 0,09 por cota, o que representa um DY (Dividend Yield) anualizado entre 11% e 14%.
Isso significa um maior retorno para os cotistas do RBRF11, que atualmente recebem cerca de R$ 0,06 por mês (DY de 11% ao ano). Contudo, representa estabilidade ou até queda para o RBRX11, que hoje paga R$ 0,09 por mês (DY de 14% ao ano).
A RBR Asset diz, contudo, que os dividendos podem chegar a R$ 0,10 ou R$ 0,11 no médio prazo, após o rebalanceamento da carteira do novo fundo, o que elevaria o DY do fundo para algo em torno de 16% a 18%.
Além disso, a gestora propôs uma redução da taxa de gestão dos fundos de 1,1% para 0,8% nos seis meses seguintes à consolidação, o período estimado de ajuste dos portfólios.
Analistas do BB Investimentos e do BTG Pactual avaliaram a operação como positiva.
"Caso a operação seja aprovada, o novo RBRX11 se tornará um dos maiores FIIs de Hedge Fund do mercado e, em razão disso, ficará em melhores condições de negociações de ativos que anteriormente, tanto na estruturação/aquisição de CRIs, quanto em novos projetos de desenvolvimento ou aquisição de ativos reais", observou o BB Investimentos, lembrando, contudo, que isso também pode ampliar o risco global do portfólio.
Já o BTG Pactual observou que, embora possa trazer certa diluição no curto prazo, a fusão pode elevar o retorno dos cotistas do RBRX11 no médio prazo. Afinal, trará ativos com geração de caixa estável para o portfólio do fundo, além de maior poder de barganha em novas operações.
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores
Maior criptomoeda do mundo se valorizou quase +2% no mês que se encerra, mas soma ganhos de +184% nos últimos 12 meses