FII embolsa R$ 25,7 milhões com venda e anuncia dividendos ‘gordos’; confira

O VISC11 recebeu a última parcela da venda parcial do shopping Iguatemi Bosque, no valor de R$ 25,7 milhões.

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Publicado em 13/03/2025 às 17:33h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 13/03/2025 às 17:33h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Rodrigues
A principal fonte de receita do VISC11 continua sendo os shoppings que compõem seu portfólio (Imagem: Shutterstock)

💲 O fundo imobiliário VISC11 divulgou seu desempenho financeiro de fevereiro, registrando um lucro total de R$ 34,845 milhões, equivalente a R$ 1,21 por cota.

Apesar do resultado expressivo, houve uma leve redução em relação ao mês anterior, quando o fundo obteve um montante de R$ 41,597 milhões.

A principal fonte de receita do VISC11 continua sendo os shoppings que compõem seu portfólio, que somaram R$ 30,443 milhões em fevereiro, representando R$ 1,06 por cota.

Pagamento de dividendos

No mês analisado, o VISC11 distribuiu R$ 0,80 por cota em dividendos, reforçando sua atratividade para investidores.

Além disso, o fundo encerrou fevereiro com um resultado acumulado não distribuído de R$ 40,091 milhões, equivalente a R$ 1,39 por cota, garantindo um colchão financeiro para períodos futuros.

Os números operacionais do fundo também mostraram sinais positivos de crescimento. O NOI Caixa, métrica que mede a performance operacional do portfólio, registrou um avanço de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, as vendas por metro quadrado nos shoppings sob gestão do VISC11 tiveram um crescimento de 8,4% quando ajustadas para as participações do fundo.

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O desempenho das lojas também apresentou evolução. O indicador de vendas nas mesmas lojas (Same Store Sales – SSS) cresceu 5% na comparação anual, enquanto o aluguel das mesmas lojas (Same Store Rent – SSR) teve um acréscimo de 3,7%.

Esses números indicam uma recuperação consistente do setor de shopping centers, beneficiando diretamente o rendimento do fundo e a valorização patrimonial dos ativos.

Inadimplência e ocupação estável

A inadimplência líquida do fundo foi de 6,7% em fevereiro, acompanhada de um nível de desconto de 1,5%.

Esse aumento no índice de inadimplência já era esperado, considerando o impacto do pagamento de aluguéis dobrados de lojas satélites no início do ano.

Apesar disso, a taxa de ocupação dos shoppings do VISC11 permaneceu estável em 94,4%, demonstrando resiliência e boa gestão dos espaços comerciais.

Venda milionária

📊 Em fevereiro, o VISC11 também recebeu a última parcela da venda parcial do shopping Iguatemi Bosque, no valor de R$ 25,7 milhões.

Esse montante gerou um impacto positivo de R$ 0,34 por cota no resultado do fundo. Adicionalmente, houve o pagamento do Earnout referente à aquisição do shopping Praia da Costa, fortalecendo ainda mais o caixa do fundo.

A valorização do VISC11 na B3 foi outro destaque do mês. A cota do fundo encerrou fevereiro cotada a R$ 98,39, registrando uma alta de 3,4%.

Considerando os dividendos distribuídos, a rentabilidade total do fundo no período foi de 4,2%, superando o IFIX, que teve um desempenho 0,9 pontos percentuais inferior.

Desde seu IPO, o VISC11 acumula uma rentabilidade bruta total de 80,6%, quase o dobro do IFIX, que avançou 40,2% no mesmo período.

Para investidores pessoa física, a rentabilidade líquida do fundo foi equivalente a 125,1% do CDI, um retorno atrativo considerando o perfil de risco do investimento.

Patrimônio e alocações do fundo

O patrimônio líquido do VISC11 fechou fevereiro em R$ 3,6 bilhões, com suas participações em shoppings avaliadas em R$ 3,8 bilhões.

Além dos ativos imobiliários, o fundo mantém uma posição robusta em aplicações financeiras, totalizando R$ 298,7 milhões.

📈 Desses, R$ 294,1 milhões estão alocados em títulos públicos e fundos DI de alta liquidez, enquanto R$ 4,7 milhões estão investidos em cotas de outros fundos imobiliários.