Com vigor da soja, SLC Agrícola (SLCE3) lucra R$ 510,7 milhões no 1T25, alta de 123%
Pioneira no setor agrícola a ter ações negociadas na bolsa brasileira aproveita recuperação da produtividade na safra 2024/25
🌱 Há mais de 20 anos, o governo brasileiro costura um acordo econômico entre o Mercosul e a União Europeia, que tem grande potencial de destravar ainda mais valor à cadeia do agronegócio nacional. No entanto, parece que os europeus seguem em 2024 pressionando o Brasil contra a parede, impactando o futuro desempenho das ações do setor listadas na B3.
Pelas informações disponíveis até o momento sobre as novas diretrizes da União Europeia para cumprir a lei antidesmatamento, os analistas da Ativa Investimentos traçaram um raio-X sobre o que pode acontecer com ao menos quatro companhias brasileiras e se vale a pena investir nelas.
"De um lado, a preocupação com o meio ambiente é fundamental, por outro, o aumento das restrições de importação pelos europeus pode intensificar as barreiras comerciais para o agronegócio brasileiro", faz o alerta a corretora, em relatório publicado nesta segunda-feira (28).
Isso se dá porque não há garantias de que os critérios serão realmente eficazes para avaliar as práticas ambientais brasileiras na agricultura, considerando que o Brasil já ocupa uma posição de destaque nessas práticas.
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Os animais nascidos após 29 de junho de 2023 deverão seguir um protocolo de rastreamento que monitore o boi desde o nascimento.
Assim, o gado de fazendas já habilitadas será considerado segundo a regra, permitindo que os analistas teçam comentários sobre dois frigoríficos listados na bolsa brasileira.
🍖 "Para a JBS (JBSS3) e a Minerva Foods (BEEF3), tais diretrizes devem ter impacto neutro sobre suas respectivas ações, uma vez que ambas já possuem plantas habilitadas e adotam sistemas rigorosos de rastreamento dos animais", pontuam os especialistas.
No detalhe, a Ativa recomenda a compra das ações da JBS, estipulando preço justo de R$ 38,70. Contudo, os analistas mantêm indicação neutra para a Minerva Foods, com preço-alvo de R$ 7,00.
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Os produtos que passam por silos deverão comprovar a origem de, no mínimo, 200% da quantia armazenada anteriormente, caso apenas uma parte desse volume seja exportada.
Caso o silo seja completamente esvaziado com destino à União Europeia, será necessária a comprovação apenas do volume armazenado.
🚜 "A SLC Agrícola (SLCE3) controla seus estoques e suas origens; contudo, decisões judiciais em processos do Ibama podem interferir no julgamento do bloco europeu sobre o processamento do produto", afirmam os analistas, em relatório.
Mesmo assim, a recomendação da corretora é de compra para as ações da SLC Agrícola, auferindo preço justo de R$ 24,60.
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Já os produtos derivados de madeira deverão comprovar a geolocalização de toda a madeira utilizada. Segundo os analistas, a Suzano (SUZB3) já realiza análise geoespacial de suas áreas e possui premissa de desmatamento zero para qualquer madeira utilizada.
🌳 A recomendação para as ações da Suzano é de compra, com preço justo estabelecido em R$ 68,00.
A União Europeia divulgou neste mês as orientações a serem seguidas pelos operadores comerciais que exportam para o velho continente, visando o cumprimento da lei antidesmatamento (EUDR).
Dessa forma, será realizada uma classificação de risco entre os países exportadores. Todavia, a metodologia do ranking ainda não foi divulgada, e a lista dos países deve ser publicada até 30 de dezembro deste ano.
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