Empresa listada propõe cisão e pedaço irá para futura nova ação na B3

Viver Incorporada (VIVR3) quer passar parte de seus negócios em incorporação à RDVC City

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Publicado em 09/10/2024 às 20:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 09/10/2024 às 20:04h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões
Acionistas da Viver Incorporadora precisam aprovar o negócio (Imagem: Unsplash)

✂️ A Viver Incorporadora (VIVR3) apresenta aos seus acionistas nesta quarta-feira (9) a proposta de cisão de parte de seus negócios que, posteriormente, serão incorporados a uma nova empresa a ser listada na B3, no caso a RDVC City, que já é uma companhia aberta registrada na CVM na categoria B.

Ou seja, os acionistas da Viver Incorporadora precisam decidir se querem que a atual companhia seja repartida e que um pedaço dela seja absorvido pela RDVC, que se prepara para um IPO (oferta pública inicial de ações).

Entre os argumentos da Viver Incorporadora para convencer os seus acionistas, já que haverá um custo de R$ 370 milhões para realizar a cisão, incluindo os honorários de assessores jurídicos e da empresa avaliadora do acervo cindido, estão:

  • a incorporação imobiliária;
  • a construção de imóveis e a prestação de serviços de engenharia civil; 
  • a compra e venda de imóveis prontos ou a construir;
  • o desenvolvimento de loteamentos; 
  • a locação e administração de bens imóveis; 
  • a prestação de serviços de consultoria para o desenvolvimento e implantação de empreendimentos imobiliários, inclusive estratégias de marketing relativas a empreendimentos imobiliários próprios e de terceiros.

Vale ressaltar que, até o momento, a RDVC City nunca realizou qualquer atividade operacional. Caso aprovada a cisão parcial, a razão da nova empresa será justamente cumprir o objeto social da Viver Incorporadora descrito acima.

Outra questão é que, mesmo a cisão parcial sendo aprovada pelos acionistas da companhia, a operação ficará sujeita à condição suspensiva da conclusão, pela RDVC City, até que a mesma se converta em categoria A perante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da listagem no Novo Mercado da B3.

➡️ Leia mais: Empresa listada na B3 grupará ações na proporção de 250 para 1

Lista de ativos que sairão da Viver e irão à RDVC City

  • 100% das ações de emissão da Inpar Projeto 116 SPE Ltda. detidas pela Companhia, sociedade incorporadora do empreendimento Viver Caxias (Valor Patrimonial Contábil de R$ 5,61 milhões);
  • Créditos de AFAC da Companhia na Inpar Projeto 116 SPE (Valor Patrimonial Contábil de R$ 843,00);
  • Efeitos de equivalência patrimonial da Inpar Projeto 116 SPE Ltda. nas demonstrações contábeis da Companhia (Valor Patrimonial Contábil de R$ 2,31 milhões);
  • 100% dos direitos e obrigações da Companhia enquanto sócia participante da sociedade em conta de participação constituída para fins de financiamento do empreendimento Criciumal, do qual é sócia ostensiva a Rev Mooca Desenvolvimento Imobiliário SPE Ltda (Valor Patrimonial Contábil de R$ 1,71 milhões);
  • 100% das ações de emissão da RDVC City detidas pela Companhia nesta data (Valor Patrimonial Contábil de R$ 1 mil).

Benefícios aos acionistas de VIVR3

Conforme a empresa, os acionistas podem colher os benefícios de separar os empreendimentos imobiliários greenfiled dos demais empreendimentos da Viver Incorporadora, que são do tipo brownfiled, ou seja, que se encontram em fase final.

Com essa segregação, a RDVC City pode se tornar um veículo mais atrativo para aporte de novos recursos, projetos e ativos Greenfield, de modo que a Viver mantenha o foco na conclusão dos projetos do legado e de empreendimentos Brownfield.

🏘️ A cisão parcial ocasiona a possibilidade da segregação de diferentes tipos de investidores para cada uma das companhias, haja vista se tratar de segmentos distintos dentro do mercado imobiliário.

Fora que o negócio permite mais visibilidade de futuras operações de parcerias na RDVC City com outras empresas do setor imobiliário que também atuem no modelo Greenfield.

Quantas novas ações são possíveis receber?

Os acionistas de VIVR3 receberão 0,004 (quatro milésimos) de ação ordinária emitida pela RDVC City para cada uma ação ordinária emitida pela Viver Incorporadora que detiverem.

✅ Uma vez que a transação seja concluída, a composição acionária da RDVC City consistirá no espelho da então composição acionária da companhia, de forma que o percentual de participação a ser detido pelos acionistas na RDVC City será idêntico ao percentual de sua participação na Viver.

Logo, a quantidade de ações em que se divide o capital social da Viver permanecerá inalterado.

E, se houver frações de ações?

Nos casos em que a relação de substituição de ações implique em titularidade de número não inteiro de ações para determinados acionistas, as frações de ações serão acrescidas.

Sendo assim, a quantidade de frações necessárias para completar uma ação inteira será dada aos acionistas, o que será feito por meio de doação a ser realizada pelo acionista REAG Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações.