Em dia de queda do petróleo, Petrobras (PETR4) reduz preço do diesel em 4,6%

Redução será de R$ 0,16 por litro, segundo petrolífera

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Publicado em 05/05/2025 às 15:05h - Atualizado Agora Publicado em 05/05/2025 às 15:05h Atualizado Agora por Wesley Santana
Diesel é usado principalmente em veículos de grande porte (Imagem: Shutterstock)

Nesta segunda-feira (5), a Petrobras (PETR4) anunciou uma redução de 4,6% no preço do diesel junto às distribuidoras. O novo valor passa dos atuais R$ 3,42 para R$ 3,27 por litro, segundo comunicado divulgado pela companhia, alcançando um desconto de R$ 0,16.

⛽ A alteração começa a valer a partir desta terça-feira (6), mas não se sabe quando esse reajuste será repassado aos consumidores finais. Normalmente, há um intervalo para que os valores dos postos de combustíveis sintam alguma diferença.

Segundo a estatal, esse é o terceiro corte no valor do combustível no intervalo de um mês. A empresa já havia anunciado duas mudanças, uma em 31 de março e outra em 17 de abril. Desde dezembro de 2022, a redução alcança a casa de 27%. 

"Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B", diz nota da empresa.

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Queda do petróleo

O anúncio da Petrobras coincide com um momento delicado no mercado global que vê o preço do petróleo caindo. O movimento de baixa está relacionado à decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) de aumentar a produção do óleo pelo segundo mês consecutivo, informado durante o fim de semana.

No começo da tarde desta segunda, os contratos do modelo Brent registraram recuo de 2,7%. Desta forma, cada barril era negociado a menos de US$ 60. 

A expectativa é que ao menos oito países, liderados pela Arábia Saudita, aumentem a produção em mais 411 mil barris por dia. A nova regra passa a valer a partir de junho, segundo comunicado divulgado de forma conjunta. 

No acumulado de abril, o petróleo teve a maior queda mensal desde a pandemia. Isso se deu pela junção do aumento da produção do óleo e também pelas tarifas impostas por Donald Trump que impõe um medo de impactos sobre a commodity.

Ações reagem

As ações da Petrobras reagiram de forma negativa ao anúncio da Opep+ caindo mais de 2% durante o dia. Às 13h, os papéis ordinários eram negociados abaixo de R$ 30, de acordo com informações da B3. 

O mesmo acontece com as empresas privadas do setor petroleiro que vêem seus tickers amargando quedas maiores. As ações da Brava (BRAV3), por exemplo, despencam 4,5%, ainda segundo a B3, para perto de R$ 17. 

Já os papéis da Petrorecôncavo (RECV3) recuaram 3,3%, enquanto os da Prio (PRIO3) sofrem redução de 1,7%.