Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
⚖️ A Petrobras (PETR4) teve de vir a público nesta terça-feira (8) prestar esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a prisão de um day trader nos Estados Unidos, condenado a uma pena de oito anos, por pagar propinas à estatal.
O caso do trader do setor de petróleo e gás situado no estado norte-americano de Connecticut, Glenn Oztemel, de 65 anos, encarcerado no último dia 26 de setembro, se trata de mais um capítulo da Operação Lava Jato.
Entre os crimes cometidos pelo trader, incluem-se lavagem de dinheiro, conspiração e violação do Foreign Corrupt Practices Act, a lei norte-americana de práticas de corrupção no exterior.
Dessa maneira, Oztemel e outro réu, o corretor de petróleo e gás ítalo-brasileiro Eduardo Innecco, foram acusados de pagar propina às autoridades para que a Arcadia Fuels e a Freepoint Commodities obtivessem contratos e detalhes confidenciais sobre os negócios da Petrobras.
Então, procuradores afirmaram que Oztemel pagou mais de US$ 1 milhão em propina para autoridades da Petrobras no Brasil e para Rodrigo Berkowitz, trader de combustíveis da companhia brasileira em Houston (cidade mais populosa do Texas).
Os réus supostamente usavam linguagem cifrada como "café da manhã" ou "porções de café da manhã" e "desvio de frete" para se referir a propinas e suas quantidades.
Segundo promotores, o esquema funcionou de 2010 a 2018. Oztemel trabalhou tanto na Arcadia quanto na Freepoint antes de se aposentar em 2020.
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A CVM convocou a Petrobras a se explicar perante os seus acionistas e ao mercado sobre o tema, além de medidas providências, afinal, desde que a prisão do trader foi veiculada na imprensa, a estatal não emitiu nenhum fato relevante sobre o caso e quais poderiam ser os impactos à companhia.
Em resposta, a petroleira afirma que a prisão do trader é decorrente de um desdobramento pontual relacionado a fatos já apurados na 57ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada em dezembro de 2018.
Diante das informações atualmente disponíveis, a Petrobras esclarece que se trata de desdobramento de uma ação criminal de que não é parte, versa sobre fatos antigos e não lhe causa impactos.
Quanto às providências adotadas, a Petrobras esclarece que coopera com autoridades brasileiras e estrangeiras, como ocorreu neste caso.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.