📊 A CVC Corp (CVCB3), um dos principais nomes do turismo no Brasil, trouxe alívio aos investidores ao anunciar, na última quarta-feira (11), um acordo estratégico para alongar e reestruturar suas dívidas.
A operação envolve a quarta e quinta emissões de debêntures da companhia, com uma amortização extraordinária de cerca de R$ 160 milhões, combinando recursos próprios e a antecipação de recebíveis garantidos pela dívida.
O movimento reduz o montante principal de R$ 705 milhões para R$ 545 milhões, aliviando parte da pressão financeira sobre a empresa.
Além disso, a companhia conseguiu estender o vencimento dos títulos em quatro anos, o que significa que a nova data final passa a ser outubro de 2028, com amortizações semestrais a partir do segundo semestre de 2026.
Outro ponto positivo foi a redução no custo da dívida, que caiu de CDI + 5,50% para CDI + 4,85%, com possibilidade de queda adicional para CDI + 4,50%, desde que a empresa alcance um rating mínimo de BBB-.
Essa reestruturação já era aguardada pelos investidores, dado que o cenário de curto prazo vinha gerando incertezas sobre a capacidade de pagamento da CVC.
💲 Analistas do Itaú BBA consideraram o movimento uma peça-chave para a tese de investimento, destacando a importância da extensão do prazo de vencimento das dívidas como o principal ponto do anúncio.
Desde a chegada da nova gestão no segundo semestre de 2023, a empresa tem se comprometido a melhorar sua governança, expandir sua presença física com novas lojas, retomar produtos exclusivos e otimizar sua estrutura de capital.
Esses compromissos, juntamente com a reestruturação das dívidas, reforçam a confiança do mercado no plano de recuperação da CVC.
📈 O Itaú BBA mantém uma recomendação positiva para o ativo (outperform), com preço-alvo de R$ 5,10.
Além de assumir a posição de CFO, Felipe Gomes também acumulará o cargo de diretor de relação com investidores.
O Ebitda da empresa recuou quase 35% em comparação com o ano anterior.
