2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
🚨 O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta quarta-feira (17) em paralelo ao Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, e a expectativa predominante é de manutenção da taxa Selic em 15% no Brasil, enquanto o banco central norte-americano deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual.
A pesquisa pré-Copom da XP Investimentos (XPBR31), divulgada na véspera, ouviu 25 gestoras de multimercados macro e mostrou unanimidade quanto à manutenção dos juros por aqui.
A novidade, no entanto, veio na projeção de longo prazo: as casas agora estimam a Selic em 12,25% ao fim de 2026, ante 12,6% no levantamento anterior.
O início do ciclo de cortes do Fed, após levar a taxa ao maior nível em duas décadas, é visto como divisor de águas.
Desde dezembro, os juros nos EUA estão entre 4,25% e 4,50%, e a expectativa é que o corte de quarta seja apenas o primeiro de uma série em 2025.
Esse cenário fortalece moedas emergentes, como o real, e já impactou o posicionamento das gestoras: em setembro, 68% estavam compradas em real, contra 41% na pesquisa anterior.
A visão negativa sobre a economia doméstica também recuou de 73% em março para apenas 18% agora.
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A pesquisa mostra ainda uma guinada nas estratégias em renda fixa. 71% dos gestores estão aplicados em juro nominal, contra 46% em julho e apenas 17% em janeiro.
Essa posição reflete a convicção de que o ciclo de alta da Selic terminou e de que há espaço para ganhos com a queda futura da taxa.
No front inflacionário, a projeção para o IPCA de 2025 caiu para 4,79%, menor nível desde o início do ano e sinal de que as pressões estão cedendo, ainda que o índice siga acima da meta de 3%.
Para o PIB, a estimativa é de alta de 2,28%, levemente abaixo dos 2,35% previstos em agosto, mas acima dos 2,06% de janeiro, indicando resiliência da economia.
📊 O comunicado do Copom deve ser lido em conjunto com a sinalização do Fed. O mercado busca pistas sobre a trajetória da política monetária em ambos os países, já que o Brasil pode abrir espaço para cortes a partir de 2026 se o cenário de desaceleração da inflação se consolidar.
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