💲 A
Copasa (CSMG3) anunciou nesta segunda-feira (22), a aprovação do programa de Investimentos que prevê o aporte de R$ 3,1 bilhões já para o ano de 2026.
O anúncio ocorre em um momento importante, logo após a Assembleia Legislativa de Minas Gerais dar o aval final para a privatização da estatal.
O planejamento não para em 2026. O Conselho de Administração também projetou um plano plurianual que estende os investimentos até 2030.
Segundo o fato relevante, os valores previstos são crescentes, sendo R$ 3,9 bilhões em 2027, saltando para R$ 4,8 bilhões em 2028, e mantendo a média de R$ 4,7 bilhões e R$ 4,5 bilhões nos dois anos seguintes.
Foco na universalização e segurança hídrica
Esses recursos possuem destinos bem definidos e estratégicos. O objetivo principal da Copasa é acelerar a universalização do esgotamento sanitário, atendendo às exigências do Novo Marco do Saneamento.
Além disso, a companhia pretende focar em projetos de segurança hídrica, especialmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e na modernização (retrofit) de suas estações de tratamento.
De acordo com a empresa, o plano também contempla a redução de perdas de água, um dos grandes desafios operacionais do setor.
É importante notar que esses valores não incluem eventuais capitalizações futuras, focando estritamente no cronograma de obras e melhorias operacionais.
A aprovação da privatização na Assembleia
Enquanto a diretoria planeja o futuro operacional, o cenário político também avançou. Na última quarta-feira (17), o Plenário da Assembleia Legislativa aprovou, em segundo turno, o Projeto de Lei 4.380/25.
O texto, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), autoriza o Estado a deixar de ser o controlador da Copasa.
A proposta foi aprovada com 53 votos favoráveis e 19 contrários. Com isso, a Copasa deve seguir o modelo de corporation, onde não há um acionista controlador único com poder absoluto.
No entanto, o Governo de Minas manterá uma golden share, que é uma ação especial que garante poder de veto em decisões consideradas estratégicas para o interesse público.
Os recursos arrecadados com a venda da companhia serão destinados prioritariamente para o abatimento da dívida do Estado com a União.
📈 Para o investidor, a combinação de um plano de investimentos agressivo com a mudança para o modelo de gestão privada tende a aumentar a eficiência e a competitividade da empresa no setor de saneamento.