Como a Equatorial planeja pagar a conta pela Sabesp

Empresa tem 18 meses para quitar dívida da aquisição

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Publicado em 23/07/2024 às 14:51h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 23/07/2024 às 14:51h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Foto: Divulgação

💰 A Equatorial Energia (EQTL3) venceu o edital e levou 15% do capital social da Sabesp (SBSP3), se tornando a acionista de referência. Para isso, a empresa fechou um acordo de quase R$ 7 bilhões, valor que representa quase 20% de sua capitalização.

O presidente da companhia Augusto Miranda destaca que há diversos ativos maduros que podem ser colocados à venda. No entanto, ele afasta uma decisão ágil, já que a empresa tem um prazo de 18 meses para quitar a dívida que assumiu.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (23), Miranda comentou o assunto e disse que há “18 meses à frente, que nos deixa pensarmos em diversas opções, inclusive acessar o mercado de capitais”. “A Equatorial mirou uma das melhores empresas do mundo e do Brasil”, complementou.

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No começo deste mês, a empresa já se desfez de um negócio, no qual levantou R$ 1,2 bilhão com um fundo de pensão canadense. Nesta segunda (23), a companhia de energia também aprovou um aumento de capital de R$ 516 milhões com emissão de 17,5 milhões de novas ações.

Os esforços já mostram que os planos para a Sabesp são ambiciosos e Miranda destaca que já se pensa em uma estratégia de expansão dos serviços. “Podemos pensar em expandir dentro e até fora do Brasil, sem esquecermos dos compromissos com universalização”, comentou.

Privatização gerou R$ 14,7 bi

Em evento nesta terça, o governo de São Paulo concluiu o cronograma de privatização da Sabesp passando por todas as etapas previstas. O Palácio dos Bandeirantes conseguiu levantar R$ 14,7 bilhões pelo ativo da empresa de saneamento básico.

Na nova disposição, 18% da Sabesp continua com o Estado, 15% ficaram com a Equatorial e os 67% restantes circulam por meio de ações no mercado. A capitalização da ex-estatal passa de R$ 59,5 bilhões.

“Hoje é um dia histórico. Em pouco mais de um ano, estruturamos uma operação complexa e inédita, que recebeu aval da Assembleia Legislativa e de mais de 370 municípios antes de ser apresentada ao mercado. Vamos mudar a realidade do cenário do saneamento no país e mostrar que é possível fazer mais e fazer melhor, principalmente para as populações mais vulneráveis. A revolução no saneamento chegou e ela está começando hoje no estado de São Paulo”, disse o governador Tarcísio de Freitas.