BRB (BSLI4) busca parecer externo sobre compra do Banco Master
Instituição está cotando o serviço com empresas especializadas nesse tipo de avaliação.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta terça-feira (17) a compra de 58% do Banco Master pelo BRB (BSLI4).
⚖️ O órgão não fez nenhuma restrição ao negócio, por entender que a operação não representa um risco de concentração excessiva no mercado financeiro.
A compra do Master pelo BRB, no entanto, ainda depende da aprovação do BC (Banco Central), que vai analisar os impactos regulatórios do negócio.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, vem discutindo o assunto com representantes do mercado financeiro desde que a transação foi anunciada, em março.
🏦 O BC tem um prazo de 360 dias para se posicionar sobre o assunto, contados a partir do recebimento do pedido de compra, o que aconteceu em 28 de março.
A expectativa, no entanto, é de que a decisão da autoridade monetária saia em breve.
O BRB anunciou no final de março um acordo para comprar 58% do capital social do Banco Master.
💲 O negócio é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões e, de acordo com o BRB, está em linha com "sua estratégia de expansão e fortalecimento de sua posição no mercado financeiro".
A avaliação do Banco de Brasília é de que o Banco Master agrega expertise em cartão de crédito consignado, câmbio, mercado de capitais e atacado ao seu negócio.
Já o Will Bank, banco digital do Grupo Master, pode contribuir com a presença digital do BRB, viabilizando um atendimento mais ágil e eficiente, sobretudo do público de baixa renda.
O negócio entre BRB e Master, no entanto, não inclui alguns ativos considerados problemáticos, como precatórios. Além disso, despertou preocupação no mercado, devido à política agressiva de captação de crédito do Master.
O Banco Master chegou a colocar no mercado CDBs com retorno de 140% do CDI, um rendimento bem acima do praticado por grandes bancos, que normalmente pagam algo mais próximo do CDI. Com isso, acabou com uma das maiores carteiras de passivos do país. Há um receio, portanto, de que uma eventual quebra do Master drene boa parte dos recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
No final de maio, no entanto, o controlador e CEO do Master, Daniel Vorcaro, venceu R$ 1,5 bilhão em ativos para o BTG Pactual (BPAC11), incluindo imóveis, créditos e ações de empresas como Light (LIGT3) e Méliuz (CASH3).
Segundo o BTG, Vorcaro comprometeu-se em disponibilizar esses recursos para o Master.
Instituição está cotando o serviço com empresas especializadas nesse tipo de avaliação.
O banco negocia um socorro bilionário para garantir a liquidez dos CDBs com vencimento de curto prazo.