Brava Energia (BRAV3) conclui aquisição de participação no Parque das Conchas
Os campos em questão são Abalone, Ostra e Argonauta.
📉 As ações da Brava Energia (BRAV3) estrearam na B3, a bolsa de valores brasileira, recentemente, no dia 9 de setembro de 2024. E desde então, o casamento entre 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3) acumula uma derrocada de 16% no valor de mercado até esta sexta-feira (20).
Ou seja, os acionistas da Brava Energia enfrentam um curto prazo bastante tumultuado. Será que abandonar o barco da petroleira agora seria uma boa saída ou um grande erro perante o que está por vir?
A Genial Investimentos ajuda a esclarecer a situação, enquanto ainda atualiza sua estimativa de preço-alvo para a companhia, mas é categórica em adiantar que reitera recomendação de compra para a Brava Energia.
"Vender a ação aos atuais níveis de preço e em meio ao atual fluxo de notícias pode também ser considerado um erro em meio a tantos gatilhos que consideramos relevantes acontecendo ainda em 2024", comenta o analista Vítor Sousa, em relatório divulgado nesta data.
Hoje, as ações ordinárias da Brava Energia tiveram queda próxima de 4%, negociadas a R$ 18,15 cada.
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O noticiário sobre a petroleira está recheado de fatos considerados decepcionantes, reconhece a corretora. Um deles diz respeito à produção de petróleo no Campo Papa Terra.
Para resumir a história, a produção no Campo Papa Terra foi interrompida no início do mês pela ANP, que solicitou informações sobre os sistemas operacionais da plataforma. Só neste campo, a produção média é de 15 mil barris por dia, distribuídos em seis poços de exploração.
🛢️ Todavia, a própria companhia anunciou que deverá retomar a produção no Campo Papa Terra ainda em dezembro de 2024. Dados referentes ao mês de agosto mostram que a produção da companhia nesse campo de exploração derreteu de 14,7 mil barris para pouco mais de mil barris diários.
"É importante mencionar que a entrada operacional do navio-plataforma do Campo de Atlanta ainda em 2024, anúncio da apropriação de sinergias, retorno operacional de Papa-Terra em dezembro e possível interesse em desinvestimentos anunciado pelo novo CEO podem trazer algum alento às ações da Brava Energia", sinaliza Sousa.
Considerando os dados pró-forma, a corretora vê BRAV3 negociando 4 vezes seu EV/Ebitda em 12 meses (sem considerar a entrada operacional do navio-plataforma Atlanta e o incremento de volume esperado e sinergias derivados da fusão das duas empresas).
Já o índice EV/2P da Brava Energia está em US$ 4, contra o patamar entre US$ 5 e US$ 10 de seus concorrentes. O indicador é usado para avaliar empresas de petróleo e gás ao dividir o valor da empresa (EV) pelas reservas provadas e prováveis (2P).