Tanure ameaça desistir da Braskem (BRKM5) sem acordo sobre desastre em Alagoas
A situação envolve questões jurídicas, ambientais e financeiras que seguem sem solução a poucos dias do fim do prazo de exclusividade para a negociação.
🚨 As ações da Braskem (BRKM5) encerram a semana em destaque na B3 (B3SA3), refletindo o otimismo dos investidores em torno das negociações entre a Novonor (ex-Odebrecht) e o empresário Nelson Tanure.
Os papéis fecharam o pregão desta sexta-feira (22), com alta de 4,01%, cotados a R$ 8,55.
Mais cedo, a petroquímica comunicou ao mercado que a Novonor segue em tratativas com o fundo Petroquímica Verde, controlado por Tanure, para a venda de sua participação na companhia.
O processo ocorre mesmo após o encerramento do prazo de exclusividade de três meses firmado entre as partes.
Em maio, a Novonor havia fechado acordo de exclusividade com a Petroquímica Verde para discutir a aquisição da NSP Investimentos, holding por meio da qual a Novonor controla indiretamente a Braskem.
Caso a negociação avance, Tanure pode assumir o controle indireto da petroquímica, que hoje possui a seguinte estrutura acionária:
A Petrobras já obteve autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para atuar como terceira interessada no processo de aquisição da NSP, reforçando o peso da estatal nas discussões.
➡️ Leia mais: BB (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) disparam e apagam perdas da semana
Apesar do avanço nas tratativas, ainda existe um ponto sensível nas negociações. Uma fonte ligada ao fundo Petroquímica Verde afirmou ao portal de notícias Seu Dinheiro que o acordo não será fechado sem garantias sobre o passivo ambiental do desastre de Maceió, que resultou em afundamentos de solo em bairros da capital alagoana.
Segundo a fonte, caso haja risco de transferência da responsabilidade pelo passivo a novos sócios ou credores, “o fundo não irá assinar nada”.
O mercado acompanha com atenção os desdobramentos, já que a eventual entrada de Nelson Tanure pode redesenhar o controle da Braskem em um momento delicado para a empresa, que enfrenta desafios jurídicos e operacionais.
📊 Enquanto isso, a movimentação segue refletida nos preços: a volatilidade tende a continuar, impulsionada pelas expectativas em torno de uma definição para o futuro da petroquímica.
A situação envolve questões jurídicas, ambientais e financeiras que seguem sem solução a poucos dias do fim do prazo de exclusividade para a negociação.
A receita líquida chegou a R$ 17,857 bilhões, com recuo de 6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.