Boeing chega a acordo com sindicato para evitar greve nos EUA

A liderança sindical expressou satisfação com o acordo.

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Publicado em 08/09/2024 às 12:13h - Atualizado 10 dias atrás Publicado em 08/09/2024 às 12:13h Atualizado 10 dias atrás por Elanny Vlaxio
O acordo garante maior segurança no emprego para os membros do sindicato (Imagem: Shutterstock)

A Boeing e o sindicato que representa cerca de 33 mil de seus trabalhadores na Costa Oeste dos EUA anunciaram um acordo preliminar que pode encerrar a ameaça de uma greve prevista para esta sexta-feira (13)

✈️ O acordo, que aborda questões como salários e benefícios, precisa agora ser aprovado pelos membros do sindicato para entrar em vigor. A liderança sindical expressou satisfação com o acordo, afirmando que ele atende às demandas dos trabalhadores.

“Vocês nos enviaram aqui para defender com firmeza suas prioridades, e estamos orgulhosos de ter feito isso”, disse a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais neste domingo (8), em um comunicado em seu site.

🛫 A Boeing anunciou que o acordo inclui aumentos salariais de 25% nos próximos quatro anos, além de melhorias nos benefícios, como planos 401(k) e seguro saúde. Este é o maior aumento salarial já concedido pela empresa para seus funcionários sindicalizados.

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“Escutamos o que é importante para vocês no novo contrato. E chegamos a um acordo preliminar com o sindicato sobre uma oferta histórica que cuida de você e de sua família”, disse Stephanie Pope, CEO da unidade de aviões comerciais da Boeing, em comunicado.

🛬 Além dos aumentos salariais e melhorias nos benefícios, o acordo garante maior segurança no emprego para os membros do sindicato, com a promessa de construir o próximo novo avião em uma das fábricas da região de Puget Sound.

Essa decisão representa uma vitória para o sindicato, que havia se preocupado com a possibilidade de a Boeing transferir a produção para suas instalações não sindicalizadas na Carolina do Sul. Nos últimos cinco anos, a Boeing passou por uma série de dificuldades, iniciadas pela paralisação de seu principal modelo, o 737 Max, devido a dois acidentes fatais relacionados a falhas de design.

A crise da pandemia de Covid-19 intensificou os problemas da Boeing. A drástica redução nas viagens aéreas, causada pelas restrições e pelo medo de contágio, levou a um forte declínio na demanda por aeronaves, resultando em uma queda significativa na receita da empresa.