Banco do Brasil (BBAS3) cai abaixo de R$ 22 e sacramenta Ibovespa negativo
Estatal volta às manchetes ao projetar ROE de dois dígitos em 2025, mas investidores não compram a ideia, por ora.
🚨 O Banco do Brasil (BBAS3) e a Natura&Co (NTCO3) firmaram um convênio no valor de R$ 50 milhões para fomentar projetos de impacto socioambiental na região norte do Brasil.
O anúncio foi feito nesta semana, durante evento realizado em Nova York. A iniciativa tem como objetivo expandir os Sistemas Agroflorestais (SAFs) e prevê a recuperação de até 12 mil hectares de floresta, com potencial de gerar R$ 2 bilhões em financiamentos futuros.
O foco da parceria está no desenvolvimento sustentável da cadeia do óleo de palma, um insumo amplamente utilizado nas indústrias de alimentos, cosméticos, higiene pessoal e biocombustíveis.
O modelo agroflorestal aposta no cultivo consorciado da palma com outras espécies nativas da região amazônica, promovendo ganhos ambientais e sociais ao mesmo tempo.
A proposta dos SAFs combina a produção agrícola com o reflorestamento, permitindo o uso racional do solo e o fortalecimento da biodiversidade.
Um dos principais exemplos é o Projeto SAF Dendê, conduzido desde 2008 em Tomé-Açu (PA), por meio de uma parceria entre Natura, Embrapa e a Cooperativa Mista de Tomé Açu (CAMTA).
A área piloto de 650 hectares já integra culturas como cacau, açaí, mandioca e pimenta ao lado do dendezeiro — árvore da qual se extrai o óleo de palma. De acordo com estudos da Embrapa, esse modelo agroecológico tem potencial para:
Segundo José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, o sistema agroflorestal traz ganhos significativos para o produtor família.
“É um modo de trabalho que eleva a segurança alimentar das famílias dos agricultores, bem como a valorização do trabalho do jovem e da mulher. Além disso, é um sistema que pode contribuir para o sequestro de carbono”, afirmou.
Sasseron ainda destacou que os modelos agroflorestais se alinham à estratégia do banco voltada à sociobioeconomia. Somente em 2025, o BB já alcançou a marca de R$ 2 bilhões em crédito destinado a projetos na região amazônica.
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A diretora de sustentabilidade da Natura, Angela Pinhati, reforçou que a preocupação com os impactos ambientais da produção de óleo de palma motivou a empresa a buscar soluções regenerativas.
“Nosso objetivo de longo prazo é termos 100% de blend de óleo de palma vindo de práticas regenerativas. Estamos focados em fortalecer parcerias, envolver novos agricultores e captar investimento de forma a beneficiar não só a Natura, mas toda a cadeia de palma.”
O convênio também prevê suporte técnico e acesso a crédito para pequenos produtores, que poderão financiar insumos, adquirir equipamentos e investir em melhorias produtivas.
A prestação de assistência especializada será parte fundamental do programa, apoiando as famílias na tomada de decisões sustentáveis e eficientes.
💲 A iniciativa tem potencial de beneficiar 46 comunidades da cadeia produtiva da Natura, alcançando mais de 10 mil famílias da região.
Estatal volta às manchetes ao projetar ROE de dois dígitos em 2025, mas investidores não compram a ideia, por ora.
Analistas do BTG Pactual e da XP destacam que o banco enfrenta um cenário de estresse, principalmente em sua carteira de agronegócio.