Banco do Brasil (BBAS3): Cade abre inquérito para investigar venda casada no crédito rural

O banco negou as acusações e disse que a venda casada é proibida e que a escolha de produtos é feita livremente pelo cliente.

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Publicado em 10/10/2025 às 11:21h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 10/10/2025 às 11:21h Atualizado 14 horas atrás por Elanny Vlaxio
Se houver indícios suficientes, o caso será transformado em processo administrativo (Imagem: Shutterstock)
Se houver indícios suficientes, o caso será transformado em processo administrativo (Imagem: Shutterstock)
💲 O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)  iniciou um inquérito administrativo para apurar suposta prática de venda casada na concessão de crédito rural do Banco do Brasil (BBAS3), segundo reportagem do Globo Rural. Com a repercussão da notícia, as ações da empresa recuavam 0,94%, a R$ 20,99, às 12h21, horário de Brasília. 
A investigação foi solicitada pela Abdagro (Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio) e analisa se o banco vinculava a liberação de crédito rural à contratação de seguros de empresas controladas pelo próprio grupo, o que pode configurar infração à concorrência. 
Se houver indícios suficientes, o caso será transformado em processo administrativo; caso contrário, será arquivado. O Banco do Brasil negou as acusações, afirmando que a venda casada é proibida e que a escolha de produtos é feita livremente pelo cliente.
👀 A informação chega quase dois meses após o banco ter uma dor de cabeça com as reações do 2º trimestre de 2025 e também lidar com a Justiça dos Estados Unidos e do Brasil, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) ser sancionado com a lei norte-americana Magnitsky. A norma, sancionada pelos EUA, permite punir estrangeiros com bloqueio de bens e suspensão de contas em bancos e cartões de crédito.
O BBAS3 afirmou que cumpre a legislação nacional e observa ainda as normas aplicáveis nos mais de 20 países em que está presente. Na outra ponta, Moraes disse que instituições financeiras brasileiras poderão sofrer punições caso bloqueiem ou congelem ativos em território nacional em atendimento a ordens vindas dos Estados Unidos.