Latam desiste de disputa por aviões da Gol (GOLL4), diz jornal
Em março, a Gol pediu intimação da Latam à corte norte-americana após a tentativa de apropriação de aeronaves.
✈️Depois que a Gol (GOLL4) entrou em recuperação judicial, a discussão sobre uma eventual fusão com a Azul (AZUL4) ganhou força.
Nesta quinta-feira (18), a agência Bloomberg publicou uma matéria dizendo que um acordo entre as duas companhias aéreas pode sair do papel. A Azul estaria negociando a compra de uma parte da Gol por meio de um acionista da concorrente.
As tratativas estariam em curso com a holding Abra Group, que trocaria suas ações da Gol por uma participação acionária na Azul. Fontes disseram à reportagem que esse tipo de transação pode dar certo, já que não envolve muito dinheiro de forma direta.
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De certa forma, a empresa manteria ações em duas companhias aéreas da América Latina, já que também é acionista da Avianca. Se o acordo for para frente, deve passar por análise de diversos grupos, desde os credores aos órgãos reguladores, como o Cade (Conselho de Defesa Econômica).
No mês passado, a Bloomberg já havia adiantado o interesse da Azul nos ativos da Gol, que teria contratado duas instituições para avaliar a viabilidade de um acordo. Desta forma, a Azul teria duas partes de um mercado que é explorado quase em sua totalidade por três empresas.
🤼 Neste jogo, a Latam também não está de braços cruzados. Em fevereiro, logo após a entrada na Gol no Chapter 11, a Justiça dos Estados Unidos autorizou uma investigação para averiguar se a Latam estaria se aproveitando da situação para contratar pilotos e fornecedores da rival.
Segundo a companhia brasileira, não foi mera coincidência a abertura de um processo de contratação de novos funcionários no dia seguinte ao pedido de recuperação judicial. Além disso, a empresa também foi acusada de assediar agentes de viagens na tentativa de desencorajar agentes de viagens a reservar voos com a Gol.
Em nota, a Latam afirma que está em contato permanente com todas as partes interessadas em matéria de frota. "A companhia está ativa no mercado há vários meses com o objetivo de garantir a capacidade necessária para atender às necessidades contínuas e de longo prazo no contexto dos desafios globais da cadeia de suprimentos e da falta de aeronaves/motores.", frisou.
Em março, a Gol pediu intimação da Latam à corte norte-americana após a tentativa de apropriação de aeronaves.
A medida terá duração de 30 dias e visa permitir que a empresa conduza uma investigação completa do ocorrido.