Após ultimato dos EUA, CEO da Nvidia (NVDC34) visita China para manter negócios

Ações da empresa reagem de forma negativa.

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Publicado em 17/04/2025 às 11:20h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 17/04/2025 às 11:20h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana
Jansen é cofundador da terceira empresa mais valiosa do mundo (Imagem: Shutterstuck)

O CEO da Nvidia (NVDC34) desembarcou em Pequim nesta quinta-feira (17) para discutir a manutenção dos negócios da companhia. Jensen Huang separou uma agenda para reuniões com autoridades e clientes locais, depois que o presidente Donald Trump começou uma série de tarifas.

🛳 A visita do executivo acontece também imediatamente a uma ordem adicional dos EUA, que proibiu as exportações de chips H20 para a China. Essa medida, segundo cálculos da Nvidia, deve gerar um impacto de US$ 5,5 bilhões.

O jornal "Financial Times" destacou que o CEO teve reuniões com o vice-primeiro-ministro He Lifeng e com o fundador da startup de inteligência artificial Deep Seek. Eles teriam discutido a viabilidade da criação de um novo modelo de processador que fosse capaz de atender a regulação tanto da China quanto dos EUA.

O mercado chinês é responsável por 13% do faturamento global da Nvidia, com uma receita de US$ 17 bilhões. A maior parte deste lucro veio justamente do chip H20, que é usado em diversas tecnologias, sobretudo as que demandam inteligência artificial.

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Por que a proibição?

Essa não é a primeira vez que os chips de processamento são alvos de proibições por parte do governo dos EUA. Anteriormente, o governo de Joe Biden já havia emitido uma ordem contra os dispositivos, que fez com que a Nvidia e outras companhias desenvolvessem um modelo especial para o país asiático.

Desta vez, já no governo de Trump, a proibição se deu no contexto em que os dois países travam uma disputa comercial e tecnológica. Washington alega que a suspensão está apoiada na segurança nacional.

Mesmo com a visita do executivo à Ásia, os papéis da Nvidia são negociados com baixa na manhã desta quinta (17). Por volta das 11h, cada ação era vendida por cerca de US$ 102, acumulando um recuo de 2,5% no dia.

Desde o começo do ano, o desempenho é ainda mais pífio, já que os papéis caem mais de 25% na Nasdaq. No Brasil, cada BDR da big tech é comprado por R$ 12,50, de acordo com informações da B3.

A Nvidia tem mantido seu terceiro lugar na lista das empresas mais valiosas do mundo, com um valor de mercado de US$ 2,4 trilhões. Apple (AAPL34) e Microsoft (MSFT34) continuam liderando com US$ 2,9 tri e US$ 2,7 tri respectivamente, conforme o monitor Companies Market Cap.