A AgroGalaxy (AGXY3) apresentou, na última segunda-feira (02), seu plano de recuperação judicial, conforme divulgado em fato relevante. A empresa havia solicitado o processo de recuperação judicial em setembro, mas somente em dezembro tornou público o detalhado documento de mais de 1260 páginas.
📃 O documento apresenta uma análise detalhada das causas da crise, avaliando a viabilidade econômica e operacional da empresa. Além disso, detalha o plano de reestruturação das dívidas e outras informações relevantes.
Segundo a empresa, o plano “prevê o pagamento integral, sem qualquer desconto, dos créditos devidos a credores, fornecedores e credores trabalhistas e a produtores rurais que se enquadrem como parceiros do grupo AgroGalaxy, com prazos específicos para cada categoria”.
É importante ressaltar que a companhia, ao solicitar a recuperação judicial, declarou um passivo total de R$ 4,67 bilhões. Entre os principais credores, destaca-se a Vert Companhia Securitizadora, detentora de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) da AgroGalaxy no valor de R$ 516,4 milhões.
💰 A AGXY3, empresa varejista de insumos agrícolas, registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 362,4 milhões no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 40,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pela companhia.
O Ebitda ajustado apresentou um resultado negativo de R$ 83,4 milhões no segundo trimestre de 2024, piorando em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o resultado negativo foi de R$ 72,5 milhões.
Já a margem Ebitda ajustada apresentou um resultado negativo de 7,9%, deteriorando-se em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a margem negativa foi de 4%.
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💲 A receita líquida do período totalizou R$ 1,056 bilhão, apresentando uma retração de 42,4% em comparação ao segundo trimestre de 2023, quando alcançou R$ 1,832 bilhão.
Na mesma linha, o lucro bruto ajustado da AgroGalaxy atingiu R$ 51 milhões no segundo trimestre de 2024, apresentando uma redução em relação aos R$ 93,3 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. A margem bruta ajustada, por sua vez, manteve-se estável em 4,8%.
A receita líquida proveniente da comercialização de grãos sofreu uma retração de 36,8%, totalizando R$ 855,3 milhões. Essa queda foi impulsionada pela combinação de uma redução de 27% nos preços e 13% no volume, decorrente de uma produção de milho e soja abaixo do esperado, influenciada por condições climáticas adversas.
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Resultados estavam previstos para 27 de março, mas ficaram para 22 de abril.
