Vale (VALE3) inicia operações de forno de US$ 480 mi no Pará
A expectativa é de que a produção global de níquel alcance entre 210 mil e 250 mil toneladas até 2030.
💰 O Itaú BBA manteve recomendação outperform (desempenho acima da média) para as ações da Vale (VALE3) e reiterou sua visão positiva sobre a mineradora no médio prazo.
Em relatório divulgado na última segunda-feira (18), o banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais e programas de recompra de ações.
O Itaú BBA manteve o preço-alvo em US$ 13 por ADR, equivalente a cerca de R$ 70 por ação, rolando a projeção do fim de 2025 para o fim de 2026.
O valor implica um potencial de valorização de aproximadamente 31% em relação ao preço atual de mercado.
Segundo os analistas, a dívida líquida expandida da Vale deve encerrar 2025 em torno de US$ 16 bilhões, nível ainda dentro da faixa de referência definida pela mineradora (entre US$ 10 e 20 bilhões).
Mesmo com a pressão no mercado de minério de ferro, atualmente negociado próximo de US$ 100 por tonelada, o Itaú BBA avalia que a Vale possui conforto financeiro suficiente para manter a remuneração aos investidores.
“O cenário atual sugere espaço para distribuição adicional via dividendos ou recompras. Em nossa visão, a administração deve priorizar recompras, considerando os níveis de preço da ação”, escreveram os analistas do banco.
Na avaliação da instituição, recompras de ações podem ser uma estratégia mais atrativa, dado o desconto relativo das ações da Vale frente aos pares internacionais.
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O Itaú BBA projeta equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro nos próximos trimestres. A expectativa é de que a demanda da China e do Sudeste Asiático siga firme, ao mesmo tempo em que novos projetos, como Simandou, devem entrar em operação, trazendo alguma pressão adicional sobre preços.
No campo das projeções financeiras, o Itaú BBA fez alguns ajustes relevantes em relação às estimativas anteriores. Para 2025, o banco reduziu sua previsão de Ebitda da Vale para US$ 14,1 bilhões, o que representa uma queda de 3% em comparação ao cálculo anterior.
Segundo os analistas, essa revisão se deve principalmente à fragilidade observada no mercado de pelotas, que vem pressionando margens e levando a mineradora a ajustar a produção nesse segmento.
Já para 2026, o Itaú BBA projeta um Ebitda de US$ 15,5 bilhões, valor que indica um crescimento de 10% em relação ao desempenho esperado para 2025.
No entanto, essa estimativa ainda se mantém cerca de 2% abaixo do que havia sido projetado anteriormente pelo banco, uma vez que a visão mais cautelosa sobre prêmios de qualidade e o volume total de embarques acabou compensando a expectativa de preços mais altos do minério.
Além disso, para o período de 2026 a 2028, o Itaú BBA prevê que a Vale apresente um rendimento médio de fluxo de caixa livre em torno de 8%, já desconsiderando os desembolsos relacionados às tragédias de Mariana e Brumadinho.
📊 A expectativa reforça a visão de que a companhia deve seguir gerando recursos suficientes para sustentar a distribuição de dividendos atrativos aos acionistas, além de manter espaço para recompras de ações ao longo dos próximos anos.
A expectativa é de que a produção global de níquel alcance entre 210 mil e 250 mil toneladas até 2030.
Mineradora remunera os investidores que carregam suas debêntures participativas, com prêmio sobre o minério de ferro.