WeWork paga aluguéis atrasados e faz fundo imobiliário ‘respirar aliviado’; confira

Em um desdobramento anterior, o VRTM11 obteve uma liminar em 17 de setembro, que previa o despejo da empresa em até 15 dias.

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Publicado em 02/10/2024 às 09:46h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 02/10/2024 às 09:46h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Agora, com a realização do depósito, esse processo pode ser temporariamente suspenso (Imagem: Shutterstock)

🚨 O fundo de investimento imobiliário VRTM11 anunciou na última terça-feira (01), que recebeu um depósito em juízo realizado pela WeWork, a conhecida gestora de espaços de coworking.

Esta ação pode ser crucial para suspender o pedido de despejo do imóvel que a empresa ocupa no edifício Seelinger, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Em um comunicado oficial, o VRTM11 informou que seu administrador, Banco Fator, juntamente com seus representantes legais, está avaliando se o montante depositado será suficiente para quitar a dívida atualizada ou se será necessário apresentar uma resposta à contestação da WeWork.

O imóvel em questão foi parcialmente adquirido junto à Gaia Realizações Imobiliárias, que também é co-proprietária e concordou com a ação de despejo, protocolada em agosto, após três meses de inadimplência da WeWork, iniciando-se a partir de junho.

Vale ressaltar que a WeWork não apresentou resposta a propostas de acordo durante esse período.

Em um desdobramento anterior, o VRTM11 obteve uma liminar em 17 de setembro, que previa o despejo da empresa em até 15 dias caso o pagamento não fosse efetuado.

Agora, com a realização do depósito, esse processo pode ser temporariamente suspenso.

📈 Outros fundos imobiliários também estão lidando com situações similares.

O TRNT11 anunciou um acordo que inclui a redução de valores futuros e o parcelamento das dívidas, enquanto o SARE11 também relatou um acordo para o recebimento dos valores em aberto.

O RCRB11 optou por suspender seu pedido de despejo para buscar uma nova negociação. Já o VINO11 ainda não se pronunciou após obter uma liminar.

Um ponto positivo para o VRTM11 é que, apesar das complicações com a WeWork, o fundo não sofreu impactos significativos na distribuição de dividendos.

Isso se deve a um acordo feito durante o processo de aquisição, garantindo rentabilidade, que inclui a Alienação Fiduciária da fração do imóvel detida pela Gaia para assegurar o cumprimento das cláusulas acordadas.

Recentemente, o VRTM11 anunciou um pagamento de dividendos agendado para 15 de outubro, no valor de R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield de 0,95%, considerando a cota no fechamento de setembro a R$ 8,38.

O fundo possui um patrimônio líquido de R$ 453,4 milhões, equivalente a R$ 9,65 por cota, após a conclusão de uma emissão de cotas e a incorporação de outros três fundos sob a gestão do Banco Fator: OURE11, OUFF11 e FAOE11.

O VRTM11 adota uma estratégia multiestratégica, com aproximadamente 34% de sua carteira composta por cotas de outros FIIs, 21% em propriedades imobiliárias e 18% em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

💲 Além disso, cerca de 20% do capital estava disponível em caixa até o fim de agosto, pronto para alocação em novos investimentos.