Visão Vale 2030: Confira as 3 prioridades da Vale (VALE3)

Plano será apresentado em dezembro, mas seus pilares foram antecipados pelo CEO.

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Publicado em 25/10/2024 às 15:59h - Atualizado Agora Publicado em 25/10/2024 às 15:59h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Vale quer foco em resultados, melhora do portfólio e relação institucional (Imagem: Shutterstock)

A Vale (VALE3) está preparando um plano estratégico para os próximos seis anos que será pautado em três pilares fundamentais: foco em resultados, melhora do portfólio e bom relacionamento institucional com stakeholders como o governo.

O plano visa desenvolver a "Visão Vale 2030" e será apresentado ao mercado no início de dezembro, no Vale Day. Contudo, teve seus pilares antecipados pelo CEO da empresa, Gustavo Pimenta, nesta quinta-feira (25), na apresentação de resultados do terceiro trimestre.

💲 À frente da Vale há menos de um mês, Pimenta disse que o plano foi desenhado de acordo com as "principais áreas de foco daqui para a frente". Por isso, tem como primeiro fundamento uma "cultura orientada a resultados".

"Iremos acelerar a transformação cultural, mantendo o foco em segurança e excelência operacional, ao mesmo tempo em que nos tornamos mais eficientes", declarou Pimenta, contando que o objetivo é melhorar a competividade e reduzir os custos.

No terceiro trimestre deste ano, a Vale já apresentou uma redução de custos. Além disso, cortou o guidance de custo all-in do cobre para o intervalo entre US$ 2.900 e US$ 3.300 a tonelada, ante US$ 3.300 e US$ 3.800 a tonelada. Veja aqui como foi o desempenho da companhia no trimestre.

⚒️ O segundo pilar do próximo plano estratégico da Vale passa pela construção de um portfólio superior de produtos, por meio do avanço da estratégia de minério de ferro premium e da produção de metais importantes para o processo de transição energética, como cobre e níquel.

De acordo com Pimenta, o objetivo é produzir cerca de 350 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, sendo de 80% a 90% de alta qualidade. Ele ainda revelou o desejo de ampliar a produção de cobre e possivelmente até liderar o segmento de metais da transição energética.

O executivo ressaltou, contudo, que, além de volumes maiores, a companhia busca um portfólio flexível para atender as necessidades do mercado.

🤝 Por fim, mas não menos importante, está o objetivo de construir um relacionamento de confiança e colaboração com stakeholders como o governo e a sociedade. Na avaliação de Pimenta, o acordo de reparação de danos da tragédia de Mariana é o primeiro passo dessa estratégia.

O executivo classificou o acordo de Mariana como uma "reparação justa e definitiva". Ele explicou que a solução deve beneficiar a comunidade e o meio ambiente afetados pelo rompimento da barragem e ainda trazer segurança jurídica para a Vale, BHP e Samarco.

Leia também: Vale (VALE3): 1ª parcela do acordo de reparação de Mariana será paga em 30 dias

Dividendos

Na sua primeira teleconferência de resultados como presidente da Vale, Gustavo Pimenta disse que pretende manter a atual a política de remuneração a acionistas da empresa: "Vamos fazer, como temos feito ao longo de anos".

A companhia pagou US$ 1,6 bilhão em JCP (Juros sobre o Capital Próprio) em setembro e, de acordo com os cálculos do BTG Pactual, deve apresentar um DY (Dividend Yield) de 8,8% neste ano. Para 2025, o banco projeta um retorno com dividendos de 6,9%, já que o fluxo de caixa livre deve continuar pressionado por despesas como a do acordo de Mariana.