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💰 O sistema de consórcios brasileiro vive um momento histórico. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o volume de cotas comercializadas no acumulado de 2025 até maio atingiu 2,07 milhões — o maior número registrado em duas décadas.
A alta é de 19,7% na comparação com o mesmo período de 2024, e reflete uma forte mudança de comportamento do consumidor em meio ao cenário de juros elevados.
O movimento acompanha o avanço consistente do setor nos últimos anos, mas agora assume ritmo ainda mais expressivo.
A taxa básica de juros Selic, elevada na semana passada para 15% ao ano — maior patamar desde 2006 — tem tornado modalidades de crédito tradicionais menos atraentes, favorecendo alternativas como o consórcio, que não cobra juros e funciona com planejamento de médio e longo prazo.
Além de registrar volume recorde, o sistema de consórcios alcançou R$ 186,6 bilhões em créditos comercializados até maio. O número de consorciados ativos também atingiu um topo histórico, com 11,73 milhões de participantes — crescimento de 10,8% em relação a 2024.
Entre os segmentos, o destaque absoluto é o de imóveis, que já acumula alta de 44,7% nas vendas de cotas até maio, mais que o dobro da expectativa inicial da Abac, que previa crescimento de 20% no ano.
A performance é impulsionada pela busca por alternativas ao financiamento imobiliário tradicional, hoje bastante oneroso devido aos juros altos.
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Outros setores também superaram projeções da Abac:
A única exceção ficou por conta dos veículos pesados, que apresentaram retração de 12,9%.
O comportamento do consumidor vem se transformando diante das restrições impostas pelo custo elevado do crédito bancário.
O consórcio, por permitir o parcelamento sem juros e contemplações por sorteio ou lance, se fortalece como solução para quem quer adquirir um bem ou serviço com planejamento financeiro mais racional.
Essa tendência também é refletida nos resultados das administradoras independentes de consórcio.
A Ademicon, por exemplo, comercializou R$ 17 bilhões em créditos nos primeiros cinco meses de 2025, alta de 85% em relação ao mesmo período de 2024.
Em maio, o crescimento foi ainda mais expressivo: 92%. Já a Embracon reportou avanço de 93% nas vendas no ano, totalizando R$ 14 bilhões em créditos, com aumento de 124% só no mês de maio.
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Os números reforçam que o consórcio vem ganhando espaço como alternativa de acesso ao consumo num ambiente adverso.
O crescimento de dois dígitos em praticamente todos os segmentos sinaliza um mercado em transformação, impulsionado por decisões mais conscientes e estratégias de aquisição de longo prazo.
A manutenção da Selic em patamar elevado — como já sinalizou o Banco Central no último comunicado do Copom — tende a consolidar ainda mais esse movimento.
📊 Enquanto o crédito tradicional encarece e o endividamento pesa no bolso, o consórcio emerge como solução prática, estável e com menos riscos para o consumidor brasileiro.
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