Ibovespa cai na hora final, mas não apaga Vale (VALE3) saltando quase +3%
Mineradora brasileira voltou a ficar na boca dos investidores diante da mega-hidrelétrica na China.
A mesma Vale (VALE3), que voltou ao radar dos investidores com mega hidrelétrica na China, divulgou nesta terça-feira (22) o seu relatório de produção e vendas referente ao segundo trimestre do ano (2T25).
No caso, a produção de minério de ferro totalizou 83,6 milhões de toneladas no período, alta de 4% ou 3 milhões de toneladas a mais na comparação anual, principalmente devido ao forte desempenho da mina de Brucutu, em Minas Gerais, com o comissionamento da 4ª linha de processamento, e a um novo recorde de produção para um segundo trimestre.
Já a produção de pelotas, quando os finos de minério são endurecidos usando uma fornalha para criar pelotas de minério de ferro, totalizou 7,9 milhões de toneladas no 2T25, queda de 12% ou 1 milhão de tonelada a menos na base anual, em linha com a revisão do guidance (projeções) de produção para 2025.
Em termos de vendas, o minério de ferro totalizou 77,3 milhões de toneladas no 2T25, recuo de 3% ou 2,4 milhões de toneladas a menos na comparação anual, devido à estratégia da mineradora em otimização de portfólio em priorizar a oferta de produtos de teor médio.
Isso porque a realização de preços da VALE3 nos finos de minério de ferro foi de US$ 85,10 por tonelada no 2T25, cotação 13,3% inferior ao preço de US$ 98,20 por tonelada praticamente em igual período de 2024. Os preços das pelotas de minério de ferro recuaram 14,7% também, de US$ 157,20 para US$ 134,10 por tonelada.
"O segundo trimestre da Vale foi marcado por um sólido desempenho em todos os segmentos de negócio. No Minério de Ferro, a combinação de novos ativos em ramp-up (construção) e a maior confiabilidade operacional está suportando a maior aderência ao plano de produção de 2025", destaca a mensagem da administração no relatório de produção e vendas.
O Sistema Norte da Vale atingiu no minério de ferro a maior produção para um segundo trimestre desde 2021. O aumento foi impulsionado pela melhoria contínua do desempenho operacional no S11D, juntamente com um aumento na produção em Serra Norte, apoiado por um plano de lavra otimizado e flexível que reflete os ajustes do portfólio de produtos em resposta às atuais condições de mercado.
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Com melhorias operacionais, a mineradora conseguiu registrar tanto em níquel quanto em cobre recordes de produção no 2T25, os maiores números desde 2021 e 2019, respectivamente.
A produção de níquel marcou 40,3 mil toneladas, pelo melhor desempenho dos ativos no Canadá e em Onça Puma, além de menores atividades de manutenção planejada, e com benefício adicional do ramp-up de VBME. A produção de 11 mil toneladas em Long Harbour representa o melhor resultado trimestral da história da refinaria.
Enquanto isso, a produção de cobre foi de 92,6 mil toneladas, com maiores teores obtidos em Sossego, juntamente com a capacidade nominal alcançada no Complexo de Salobo e o ramp-up de VBME. Para a administração da Vale, o resultado dá continuidade a um padrão de crescimento contínuo da produção de cobre ao longo de três anos.
Sobre a realização de preços da Vale nessas commodities, a cotação do cobre foi US$ 8.985 no 2T25, inferior em 2,4% ao preço de US$ 9.202 praticado em igual período de 2024. O nível teve desconto de 15,2% em sua cotação no mesmo período, que caiu de US$ 18.638 para US$ 15.800.
Conforme dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em VALE3 há 10 anos, hoje você teria R$ 6.039,70, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 2.632,10 nas mesmas condições.
Mineradora brasileira voltou a ficar na boca dos investidores diante da mega-hidrelétrica na China.
O movimento contrariou algumas recomendações de analistas que vinham apontando cautela para os papéis do setor.