Ibovespa sobe 1% e atropela tarifaço de Trump; veja as maiores altas do dia
Embraer (EMBR3) lidera os ganhos entre as ações brasileiras, após ter exportações poupadas em acordo comercial.
Embora tenha virado sinônimo de valorizações históricas no mercado, a Nvidia (NVDC34) está sendo batida por uma ação brasileira neste ano.
Levantamento da Elos Ayta Consultoria explica que as ações da fabricante de chips americana valorizaram 30,72% no acumulado de 2025, até essa terça-feira (29).
✈️ Essa rentabilidade, no entanto, é menor do que o retorno oferecido em dólares pela Embraer (EMBR3).
De acordo com o levantamento, as ações da fabricante de aeronaves brasileira renderam 35,99% em dólar neste ano.
A Embraer desponta, então, como uma das melhores rentabilidades do ano para os investidores estrangeiros, superando a Nvidia e também outras big techs, as chamadas 7 Magníficas.
Veja a rentabilidade em dólar da Embraer e das 7 Magníficas em 2025, até 29 de julho:
📊 A Embraer também entrega uma rentabilidade superior à das 7 Magníficas no acumulado dos últimos 12 meses.
No longo prazo, a liderança é da Nvidia, mas a ação brasileira ainda se destaca frente a outras big techs, segundo o levantamento da Elos Ayta Consultoria.
Veja a rentabilidade em 1 ano:
E em 5 anos:
💲 O futuro da Embraer, no entanto, está rodeado de incertezas por causa da tarifa de 50% que os Estados Unidos prometem aplicar sobre os produtos brasileiros a partir desta sexta-feira (1º).
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, chegou a dizer que a tarifa poderia causar danos similares aos da pandemia à companhia.
Na pandemia, a fabricante brasileira de aeronaves viu sua receita cair mais de 30% e, por isso, precisou cortar 20% do quadro de funcionários.
Para evitar essas perdas, o executivo está nos Estados Unidos tentando negociar o assunto. O governo brasileiro também teria pedido para que a companhia fique livre das tarifas americanas. Ainda não há, contudo, nenhum acordo com os Estados Unidos.
Em nota, a Embraer disse que "está ativamente engajada com as autoridades buscando restaurar a alíquota zero para o setor aeronáutico". Além disso, demonstrou confiança de "os governos brasileiro e dos EUA chegarão a um acordo satisfatório para ambos os países".
Diante desse cenário de incertezas, a Embraer tem enfrentado momentos de volatilidade na bolsa, que podem comprometer sua rentabilidade futura.
"Para os investidores, o cenário muda radicalmente: a ação, que até agora foi sinônimo de valorização, passará a conviver com um novo vetor de risco regulatório e comercial. A volatilidade pode aumentar e, com ela, o apetite por revisões de portfólio", comentou o CEO da Elos Ayta Consultoria, EinarRivero.
Para ele, a Embraer pode continuar voando na bolsa caso consiga se reposicionar e diversificar ainda mais suas exportações, fortalecendo a presença na Europa, Ásia ou América Latina.
"Mas, caso os Estados Unidos se tornem um mercado inviável, o impacto sobre receita, margens e projeções de crescimento será inevitável", alertou.
Embraer (EMBR3) lidera os ganhos entre as ações brasileiras, após ter exportações poupadas em acordo comercial.
A princípio, a notícia foi mal recebida pelos investidores. Às 15h (horário de Brasília), EMBR3 subia 0,71%, sendo negociada a R$ 69,23.