Trump dá aval para missões secretas da CIA para tirar Maduro do comando da Venezuela

Reportagem publicada pelo The New York Times revela como o presidente dos EUA busca intervir em país vizinho ao Brasil.

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Publicado em 15/10/2025 às 20:20h - Atualizado 6 horas atrás Publicado em 15/10/2025 às 20:20h Atualizado 6 horas atrás por Lucas Simões
Vale lembrar que a Venezuela ostenta a maior reserva de petróleo do planeta (Imagem: Shutterstock)
Vale lembrar que a Venezuela ostenta a maior reserva de petróleo do planeta (Imagem: Shutterstock)
Missões secretas deixaram de ser apenas sinônimo de filmes de ação para o governo de Donald Trump, uma vez que o presidente dos Estados Unidos permitiu que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) realize ações secretas na Venezuela que culminem na saída do poder de Nicolás Maduro.
As informações foram reveladas em primeira mão em reportagem publicada pelo jornal americano The New York Times e, posteriormente, o próprio Trump confirmou a veracidade de suas medidas para intervir no sistema político do país vizinho ao Brasil.
Dessa maneira, os agentes secretos da CIA estão autorizados a emplacar operações em solo venezuelano, além de conduzir incursões no Mar do Caribe, que separa ambos os países, cujos governos têm intensificado as trocas de farpas nos últimos tempos.
De um lado, a Casa Branca oferece recompensa de US$ 50 milhões por informações que levam à prisão e condenação de Maduro, sob acusações de tráfico de drogas nos EUA. Na outra ponta, o regime bolivariano já convocou 4,5 milhões de milicianos que farão o reforço das fronteiras venezuelanas.

Geopolítica e as petroleiras na bolsa de valores

Sempre que a Venezuela aparece em destaque no tabuleiro geopolítico, não há como deixar de lembrar que o país sul-americano ostenta a maior reserva de petróleo conhecida do planeta.
Além disso, o governo Maduro já deixou claras suas intenções de invasão à região vizinha da Guiana Essequiba, território equivalente a 70% da atual Guiana, nação que virou uma das maiores produtoras de petróleo do mundo da noite para o dia, desde que descobriu vastas reservas em seu litoral em 2015.
E as petroleiras americanas Exxon Mobil (XOM) e Chevron (CVX) são as responsáveis pela extração da commodity na Guiana, nação vizinha à Venezuela, da qual o governo Maduro reivindica territórios.
Apesar do noticiário, os papéis da Exxon Mobil cederam -0,61% nesta quarta-feira (15), ao passo que as ações da Chevron recuaram -0,22%, acompanhando a tendência negativa dos preços do petróleo no mercado internacional, já que as referências WTI e Brent se aproximam das mínimas em cinco meses.