Empresa da Bolsa quer devolver R$ 140 milhões aos acionistas; veja o motivo
A companhia convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir o tema no dia 5 de dezembro de 2025.
Ao menos três empresas estão avaliando a possibilidade de tirar suas ações da bolsa de valores brasileira. Fontes internas da LWSA, Ouro Fino Saúde e Positivo revelaram a informação à Agência Bloomberg, mas as empresa não quiseram comentar.
💰 Entre os principais motivos para o movimento das companhias estaria o aumento da taxa Selic e a instabilidade política, o que tem feito os investidores preferirem investir na renda fixa. Desta forma, o mercado de ações fica desaquecido e as ações das empresas -especialmente as com menor liquidez- são prejudicadas.
Depois de um longo período de IPOs, desde 2021, a B3 não registra uma única listagem de empresas. Pelo contrário, nos últimos meses, tem sido visto uma profusão de fusões e aquisições, além de outras empresas que já confirmaram que vão deixar o mercado de capitais brasileiro.
Em agosto do ano passado, a Cielo saiu da bolsa depois que os controladores fizeram uma oferta de deslistagem. Depois disso, o Carrefour da França fez uma proposta para retirar o Atacadão da B3, enquanto a Globo avalia o mesmo movimento para agora sua subsidiária Eletromídia.
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“Investidores estratégicos começaram a aparecer, investindo a fechar capital”, diz Christian Keleti, CEO da Alphaville Key, à agência. “Essas coisas vão acontecer cada vez mais com os preços das ações que estão aqui, porque, principalmente para quem tem moeda forte, é muito barato para comprar”, pontuou.
Atualmente, o Brasil tem 429 companhias de capital aberto, com um volume médio diário de negociação de R$ 23,9 bilhões. Desde o ano passado, porém, ocorre um movimento recorde de recompra de ações.
Nos últimos meses, muitas empresas da B3 abriram programas de recompra de ações em um movimento que é o maior dos últimos meses. Ao todo, segundo dados do Itaú, há 127 programas abertos, e não há perspectiva de que esse número pare de crescer daqui para a frente.
Um dos casos mais destacados nos últimos dias foi da Tim (TIMS3) que anunciou uma recompra de até R$ 1 bilhão. Anteriormente, a Vale (VALE3) já havia informado a intenção de obter até R$ 7 bilhões das ações que circulam no mercado.
Em relatório recente, o banco também destacou que, entre 2018 e 2024, foram registradas 39 OPAs (ofertas públicas de aquisição de ações). Isso se refere ao momento em que as empresas fazem as deslistagem totais de seus papeis na bolsa de valores.
A companhia convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir o tema no dia 5 de dezembro de 2025.
Parte do valor já foi quitada e o saldo será pago de forma parcelada até 2029.