😧 Os investidores de renda fixa que vinham se acostumando com fortes lucros com marcação a mercado no Tesouro Direto desde meados de fevereiro viram as taxas de remuneração dos títulos de renda fixa voltarem a subir nesta terça-feira (18), movimento que provoca a desvalorização dos preços.
Sem grandes novidades na agenda econômica no exterior e enquanto o Banco Central (BC) rola o vencimento de US$ 3 bilhões em leilão de linha para o próximo dia 3 de março, mercado local voltou a pesar a mão na renda fixa sobre como devem ficar os juros futuros na curva, sobre tudo aqueles de longo prazo.
O próprio diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, afirmou recentemente que as incertezas que afetaram os mercados em novembro e dezembro diminuíram a partir de janeiro, possibilitando a recuperação do real frente ao dólar.
Para ele, o comportamento atípico do dólar — que não reagiu como o esperado em ciclos de aperto monetário — se deve, em parte, à robusta atividade econômica dos Estados Unidos, mesmo com juros historicamente altos, e também à incerteza relacionada às políticas de Donald Trump.
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Selic subindo de novo em 2025
O diretor ainda reafirmou a alta da taxa Selic para 14,25% ao ano como cenário-base para a próxima reunião do Copom, em março, mas não deu pistas aos investidores sobre quais serão os próximos passos nos meses seguintes.
Dessa maneira, os investidores passaram a exigir juros compostos maiores no Tesouro Direto, como prova o caso do Tesouro IPCA+ 2050, que viu a sua taxa de remuneração subir de IPCA+ 7,17% ao ano na véspera para os atuais IPCA+ 7,20% ao ano.
Em compensação ao incremento dos juros compostos desde ontem, o preço unitário do mesmo título público sofreu desvalorização na marcação a mercado, com seu preço unitário caindo de R$ 763,47 para R$ 758,65, respectivamente.
🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 17 de fevereiro de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 6,82 (Rentabilidade: 14,35% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 3,99 (Rentabilidade: 14,41% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 7,97 (Rentabilidade: 14,40% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 160,56 (Rentabilidade: Selic + 0,0545% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 159,68 (Rentabilidade: Selic + 0,1201% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 32,78 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 7,58 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,50 (Rentabilidade: IPCA + 7,47% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,08 (Rentabilidade: IPCA + 7,31% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 37,22 (Rentabilidade: IPCA + 7,31% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 16,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 11,98 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 8,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,00 (Rentabilidade: IPCA + 7,24% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,22 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 2,93 (Rentabilidade: IPCA + 7,30% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,03 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,43 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 34,95 (Rentabilidade: IPCA + 7,41% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 32,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,44% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 30,23 (Rentabilidade: IPCA + 7,47% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 28,10 (Rentabilidade: IPCA + 7,50% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 26,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,52% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 24,31 (Rentabilidade: IPCA + 7,51% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 22,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,48% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 21,17 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 19,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,40% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 18,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 17,38 (Rentabilidade: IPCA + 7,31% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 16,27 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 15,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 14,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 13,25 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 12,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 11,51 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 10,75 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)