As taxas praticadas no
Tesouro Direto continuam em forte alta nesta segunda-feira (8), levando o título público favorito dos investidores que buscam lucrar pesado na marcação a mercado, na verdade, a tomarem prejuízos de quase -7% em questão de dois pregões.
O
Tesouro Renda+ 2065 tem o maior prazo de vencimento no Tesouro Direto, logo é o título de renda fixa mais volátil, podendo destravar ganhos exponenciais quando suas taxas caem, como também destilar prejuízos contundentes no momento em que as taxas disparam para o alto, como acontece agora pelos ânimos acalorados sobre quem deve vencer as eleições presidenciais em 2026.
No caso, o
Investidor10 apurou que o
Tesouro Renda+ 2065 acumula prejuízo de -6,66% desde o fechamento do último dia 4 de dezembro, um dia antes da família Bolsonaro confirmar o seu escolhido para disputar o pleito com Lula, que deve tentar a reeleição em 2026, ao que tudo indica.
Afinal de contas, o preço unitário do título despencou de R$ 202,56 na última quinta-feira para os atuais R$ 189,04, ao mesmo tempo em que sua remuneração saltou de
IPCA+ 6,75% ao ano (até então a menor taxa oferecida em 2025) para os atuais
IPCA+ 6,94% ao ano.
Para quem estava esperando
juros compostos maiores para se travar no Tesouro Direto, a
renda fixa do governo voltou a pagar taxas reais bem próximas (e até superiores) a
IPCA+ 7% ao ano em prazos de vencimento no longo prazo, os quais têm muito a ganhar em um eventual ciclo consistente de cortes da
taxa Selic contratado para o próximo ano.