📊 Está cada vez mais complexo entender qual é a velocidade do ciclo de queda das taxas no Tesouro Direto, movimento que poderia destravar fortes lucros com marcação a mercado, à medida que o mercado antecipa o fim do ciclo altista da taxa Selic.
No entanto, os juros compostos voltaram a subir mais uma vez nesta terça-feira (20), com prefixados se aproximando dos rendimentos de 14% ao ano, além dos indexados à inflação, mantendo taxas acima de IPCA+ 7% ao ano.
Embora seja nítido que os patamares oferecidos pelo Tesouro Direto estejam bem menores que as máximas vistas no final de fevereiro, as taxas da renda fixa brasileira parecem ter interrompido a tendência de queda intensa neste fim de maio, refletindo um fato curioso nos Estados Unidos.
No último dia 19 de maio, os rendimentos oferecidos pelo título do governo americano com vencimento em 30 anos superavam a barreira psicológica dos 5% ao ano, um patamar bastante elevado para os padrões da renda fixa em dólar. Prova disso é que tamanho rendimento não se repetia desde novembro de 2023.
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Taxas no Tesouro Direto podem subir também?
Já no pregão atual, o título de 30 anos do governo dos EUA seguia com taxas bem próximas de 5% ao ano, fora que o papel de referência para o mundo inteiro, o título de 10 anos, voltou a pagar taxas próximas de 4,50% ao ano, nível que não era visto desde fevereiro.
Devido às incertezas com a dívida pública dos EUA, agências de risco rebaixaram a nota de crédito do país, implicando que a renda fixa em dólar tenha que pagar mais rentabilidade. Logo, o iShares 20+ Year Treasury Bond ETF (TLT) abriu uma oportunidade de desconto, sendo negociado a US$ 86,05 por cota, bem próximo da sua mínima no ano de US$ 84,83 por cota, como efeito da marcação a mercado.
E como isso tudo afeta o Tesouro Direto? É a pergunta que não quer calar. Um dos efeitos práticos é que a renda fixa brasileira pode continuar pagando taxas ainda elevadas para fazer frente às remunerações dos títulos do governo dos EUA, indo em linha com declarações recentes do presidente do nosso Banco Central, Gabriel Galípolo, de manter a taxa Selic elevada por mais tempo.
🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 20 de maio de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,18 (Rentabilidade: 13,49% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,24 (Rentabilidade: 13,92% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 8,37 (Rentabilidade: 14,08% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 165,61 (Rentabilidade: Selic + 0,0606% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 164,81 (Rentabilidade: Selic + 0,1125% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,17 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 16,12 (Rentabilidade: IPCA + 7,02% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,33 (Rentabilidade: IPCA + 6,96% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,55 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,91 (Rentabilidade: IPCA + 7,16% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,72 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 17,94 (Rentabilidade: IPCA + 7,11% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,88 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,03% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,02% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,70 (Rentabilidade: IPCA + 7,02% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,32 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,35 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 36,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,55% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 33,74 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,53 (Rentabilidade: IPCA + 7,30% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,47 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,24% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,74 (Rentabilidade: IPCA + 7,21% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,10 (Rentabilidade: IPCA + 7,18% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,14% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,11% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 18,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 17,55 (Rentabilidade: IPCA + 7,06% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,22 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,15 (Rentabilidade: IPCA + 7,06% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,20 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,55 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)