Suzano (SUZB3) reverte lucro e marca prejuízo de R$ 6,73 bilhões no 4T24
Produtora de papel e celulose sofre com valorização do dólar acima dos R$ 6 no fim do ano passado, encarecendo sua dívida e derivativos
💸 A Suzano (SUZB3) comunicou a seus clientes que haverá uma nova rodada de aumentos nos preços da celulose a partir de março. Essa ação representa a 3ª elevação consecutiva nos preços da celulose promovida pela empresa no decorrer deste ano.
O preço da commodity para clientes na Ásia terá um aumento de US$ 20, enquanto na Europa e na América do Norte o reajuste será de US$ 60 em cada região. O Bradesco BBI avaliou que essa alta confirma as expectativas de um cenário favorável para os preços da celulose em 2025.
“No geral, mantemos nossa visão positiva sobre os preços da celulose e reiteramos nossa classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra, sendo melhor escolha) para a Suzano, cujas ações estão sendo negociadas a um atraente rendimento de 14% de fluxo de caixa esperado para 2025″, avaliou o banco.
🤑 No 4º trimestre de 2024, a empresa registrou o prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, revertendo o lucro de R$ 4,515 bilhões no mesmo período de 2023. Já o lucro antes de juros e impostos ajustado foi de R$ 6,481 bilhões, sendo uma alta de 44% em comparação com o ano anterior.
A empresa explicou que a diferença entre o prejuízo atual e o lucro do ano anterior é resultado da variação negativa no resultado financeiro, provocada pela desvalorização cambial que impactou a dívida e as operações com derivativos.
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💸 Esse efeito reverte a valorização cambial observada no quarto trimestre de 2023. Adicionalmente, o aumento do Custo do Produto Vendido e das despesas comerciais, gerais e administrativas também influenciou o resultado da empresa.
“Os fatores mencionados foram parcialmente compensados pelo montante positivo do IR/CSLL diferido (em oposição ao valor negativo do quarto trimestre de 2024, quando do resultado positivo de variação cambial sobre dívida e marcação a mercado dos derivativos) e pela elevação na receita líquida”, complementou a companhia.
Produtora de papel e celulose sofre com valorização do dólar acima dos R$ 6 no fim do ano passado, encarecendo sua dívida e derivativos
Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, que acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 abre o jogo antes de primeira elevação dos juros em 2025