Sequoia (SEQL3), de logística, pede recuperação extrajudicial

O plano de recuperação só será válido após aprovação judicial.

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Publicado em 12/10/2024 às 18:54h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 12/10/2024 às 18:54h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
A empresa afirma que a decisão não causará impactos negativos aos seus clientes (Imagem: Reprodução/Rede Social)

A Sequoia Logística e Transportes (SEQL3), em parceria com a Transportadora Americana, apresentou na última sexta-feira, 11, um pedido de homologação de Plano de Recuperação Extrajudicial junto à Justiça de São Paulo.

⚖️ A companhia informou que o objetivo da medida é iniciar um processo de reestruturação de suas dívidas não-financeiras. Essa reestruturação inclui a conversão e o reperfilamento de créditos quirografários, no valor aproximado de R$ 295 milhões, oriundos de contratos com fornecedores, prestadores de serviços, locadores de armazéns e outros credores

“Na sua maioria, trata-se de créditos cujos titulares não mais fornecem ou prestam serviços para a Sequoia Logística e Transportes S.A. e/ou a Transportadora Americana S.A.”, afirmou a companhia em comunicado.

A Sequoia assegurou, em comunicado, que o processo de recuperação extrajudicial não causará impactos negativos aos seus clientes e colaboradores. A empresa explicou ainda que o plano de recuperação se concentra, majoritariamente, em credores inativos.

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👩‍⚖️ Além disso, a companhia ressalta que dívidas trabalhistas, bancárias, provenientes de emissões de debêntures e dívidas das empresas do Grupo Move3 não estão incluídas nesse plano. Vale lembrar que, a implementação das medidas previstas no plano de recuperação extrajudicial está condicionada à sua homologação judicial.

“As assembleias gerais de debenturistas das debêntures objeto da 3ª, 4ª, 6ª e 7ª emissões estão sendo imediatamente convocadas para a solicitação dos waivers para cláusulas de vencimentos antecipados que sejam condizentes com o momento da companhia”, informou a empresa. Em setembro, a empresa chegou a prestar esclarecimentos ao mercado sobre um suposto pedido de falência contra a companhia feito por um de seus fornecedores.

Em resposta à solicitação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia negou a existência da dívida de R$ 350 mil alegada pela fornecedora e informou que não foi notificada oficialmente pela Justiça a respeito do processo falimentar. A Sequoia tomou conhecimento da situação apenas por meio de ofício da B3.

"Cabe de logo frisar que alguns fornecedores insistem em utilizar meios inadequados como pedido de falência para discutir eventuais débitos como forma de pressionar indevidamente a empresa a pagar supostas dívidas que quase sempre não estão corretamente constituídas", disse em nota, Leopoldo Bruggen, diretor financeiro e de relação com investidores da Sequoia.